Presidente do Santos estuda corte nos salários e sugere calendário europeu
O presidente do Santos, José Carlos Peres, estuda cortar parte dos salários dos atletas se a paralisação por conta do novo coronavírus se estender.
O Peixe suspendeu as atividades pelo menos até 6 de abril. Os jogadores foram liberados para ficar em casa e receberam uma cartilha com recomendações. A maioria dos funcionários está em home office.
"Estamos muito preocupados. Já pedimos ao governo que adie as contribuições sociais para o próximo ano, esperamos que aceite. No entanto, faço minha parte: juntei meus jogadores e dirigentes antes da paralisação e fui claro: haverá cortes nos salários de até 50%. Todos devem cooperar nesta fase. Nosso orçamento para 2020 certamente fechará no vermelho. E pensar que, com a transferência de Rodrygo para o Real Madrid, acabamos de colocar algumas coisas em ordem…", disse Peres, ao Calciomercato.
Peres também sugeriu ao futebol brasileiro o calendário europeu, com partidas entre agosto e junho. A CBF estuda formas de conciliar as competições com o "vácuo" causado pelo Covid-19.
"Teremos a oportunidade de finalmente seguir o calendário europeu, iniciando o campeonato em agosto. Eu reivindico isso há muitos anos e agora será a melhor solução para enfrentar esse período de interrupção forçada", concluiu.
Walter Feldman, secretário-geral da CBF, descartou a possibilidade da adequação sugerida por José Carlos Peres.
"Não existe a possibilidade do calendário do futebol brasileiro ser adequado ao do futebol europeu", disse Feldman, na Rádio Bandeirantes de Porto Alegre.
"O desejo nosso, expresso pelo presidente (Rogério) Caboclo, é que a gente possa encontrar datas para os estaduais serem encerrados", concluiu.