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Patrocinadores avisam que deixarão o Santos se clube insistir na contratação de Robinho

Empresas como Philco, Tekbond, Casa de Apostas e Kicaldo não querem ter a imagem atrelada ao jogador que foi condenado por estupro na Itália

16 out 2020 - 15h32
(atualizado às 17h57)
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O Santos está em situação delicada com seus patrocinadores após anunciar a contratação do atacante Robinho. Muitos deles já avisaram que se o clube continuar com o jogador, que foi condenado em primeira instância por estupro na Itália, vão deixar de patrocinar o clube. Entre as empresas que se posicionaram estão Philco, Tekbond, Casa de Apostas e Kicaldo.

"A Tekbond repudia toda e qualquer situação de violência e promove o respeito à diversidade e a inclusão em suas operações. A empresa não teve conhecimento prévio sobre a contratação ou intenção do clube em contratar jogadores. Manifestamos nossa preocupação sobre o fato ao Santos assim que soubemos e, neste momento, a continuidade do nosso patrocínio está condicionada ao cancelamento da contratação do jogador pelo clube", disse a empresa.

Quem também já havia se manifestado anteriormente foi a Orthopride, que rompeu o contrato de patrocínio que tinha com o clube até fevereiro de 2021. A empresa de ortodontia estética estampava sua marca dentro do número das camisas. A empresa Kicaldo também já avisou que se o Santos mantiver a contratação de Robinho vai deixar de patrocinar o clube da Vila Belmiro.

A Casa de Apostas também divulgou um posicionamento na mesma linha das outras empresas. "Como uma das patrocinadoras do Santos FC, a Casa de Apostas está atenta a todas as movimentações e informações envolvendo a contratação de Robinho. Diante dos novos fatos, notificamos o clube sobre a impossibilidade da continuidade do contrato de patrocínio caso se mantenha a decisão em prosseguir o vínculo com o jogador. Aguardamos a decisão final da diretoria do clube, até segunda-feira (19), para definirmos o futuro da parceria", disse.

A Philco, por sua vez, frisou que nenhum ato de violência contra a mulher deve ser tolerado. "A Philco vem a público informar que já encaminhou nota ao Santos Futebol Clube. E manifesta que repudia veementemente a contratação do atleta Robinho, após a constatação dos fatos. Sempre mantivemos forte parceria com o time e seus torcedores, porém neste momento exigimos a rescisão imediata com o atleta. Caso contrário, a Philco irá revogar o contrato, pois a situação não compactua com os valores da marca."

Já a fornecedora de material esportivo Umbro solicitou "para a próxima semana uma reunião extraordinária com a diretoria do Santos Futebol Clube, onde apresentará todos os fatores de risco referentes ao caso do atleta Robinho. Deste encontro sairá a definição de posicionamento da marca", disse, em nota.

A contratação de Robinho começou a gerar grande repercussão nas redes sociais nos últimos dias por causa da condenação em primeira instância por estupro na Itália. Mas, a diretoria do clube e o técnico Cuca se colocaram ao lado do atleta. Nesta sexta-feira, no entanto, as críticas ao clube ganharam força depois que o globoesporte.com revelou detalhes da sentença condenatória emitida pela Justiça da Itália.

Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão.

De acordo com a investigação, Robinho e outros cinco amigos, incluindo Ricardo Falco, que também foi condenado, levaram a mulher ao camarim de uma boate chamada Sio Café, em Milão, e lá abusaram sexualmente dela. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan.

A defesa do atleta afirmou que houve um "equívoco de interpretação" em relação às conversas gravadas com autorização judicial e voltaram a negar que o atacante seja culpado pelo crime. Segundo os advogados Alexander Guttieres, Franco Moretti e Marisa Alija, o jogador não é culpado pelo crime e a relação sexual foi consentida. "O jogador reitera que não cometeu o crime do qual é acusado e que sempre que se relacionou sexualmente foi de maneira consentida", diz trecho da nota oficial enviada ao Estadão.

Estadão
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