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Após impeachment, ex-funcionário faz acusações a Peres

Luiz Fernando Souza se jogou em frente ao carro do presidente do clube

11 set 2018 - 00h22
(atualizado às 09h38)
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Luiz Fernando Souza, conhecido como Luizinho Hotshows, se jogou na frente do carro do presidente do Santos, José Carlos Peres, após reunião do Conselho Deliberativo para aprovar o processo de impeachment na noite desta segunda-feira, na Vila Belmiro. O mandatário não falou com a imprensa.

Com o crachá em mãos, ele pediu explicações da demissão e disse que o presidente seria cobrado pelo desligamento. Na sequência, fez acusações à imprensa.

"Agiram de má fé comigo. Fui um dos coordenadores de campanha e não deixaram eu trabalhar. Eu trabalhava no marketing antes de ser demitido e não tinha orçamento para meus projetos. Eu me resguardei porque o Peres me processou por ameaça de morte, mas tem muita coisa para falar. Ele recebeu dinheiro de empresários na campanha em troca de cargos. Tem muita coisa suja", disse o ex-funcionário.

O assistente administrativo foi demitido há dois meses e virou caso de polícia. Ele soube de sua presença em lista de possíveis cortes. E, em uma madrugada, criou um grupo no whatsapp com o presidente José Carlos Peres, o vice Orlando Rollo, o gestor Pedro Doria e o executivo de marketing Marcelo Frazão.

O áudio de 13 minutos e 34 segundos vazou. Essa gravação foi o motivo de demissão por justa causa. De acordo com relatos de funcionários da Vila, Luizinho saiu do estádio revoltado, com ameaças a pessoas do Recursos Humanos e seguranças, além de juras de morte a Peres, Pedro e Frazão.

De forma resumida, Luiz negou a ameaça na própria mensagem e lembrou de sua ajuda na campanha de Peres e Rollo após deixar de apoiar Modesto Roma. Segundo o relato, ele investiu e comprou votos antes da eleição em dezembro, merecendo mais do que o ex-cargo. Houve um "pedido" para a permanência, com a admissão de envolvimento com drogas no passado e a justificativa de "foco" no momento, com idas à igreja e nova postura depois de pedidos de familiares.

"Esqueçam o Luizinho, estou na minha. Vou ter oportunidade de falar com um por um. Não tirem o pão e o leite dos meus filhos. Se eu sair, vocês vão sair também. Papo de homem. Se eu sair, vai dar m****. Vocês não vão ficar sem ir no Santos. Vão ter que falar quem foi. Posso ser preso, mas uma hora vou sair. Vocês estão me traindo".

Preocupado com os fatos ocorridos, o presidente Peres registrou um boletim de ocorrência como medida de segurança no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em São Paulo. Outros funcionários seguiram o mesmo caminho em Santos.

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