Cuca percebe efeito negativo da política do Santos e blinda elenco: "Sou escudo"
A política do Santos vive período de ebulição em meio a dois pedidos de impeachment contra o presidente José Carlos Peres, racha com o vice-presidente Orlando Rollo e três saídas no Comitê de Gestão: Andres Rueda, Hanie Issa e Urubatan Helou. E, inevitavelmente, o elenco é afetado.
O técnico Cuca explica o efeito negativo da política santista e se vê como um escudo para os jogadores e profissionais. Ele trouxe o presidente Peres para perto durante a viagem para Belo Horizonte para a disputa das quartas de final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro.
"Eu blindo eles de tudo, sou um escudo sempre e vou defender. Eles sabem disso. Represento em todos os sentidos negativos. Positivos falam por si só", disse Cuca, em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.
"Eu trouxe o presidente junto com todos, dentro da preleção, vestiário, treino… Tem que estar presente. Temos que ser unidos ao extremo. Vice também. Faço questão dessa integração. Vestiário não é do treinador, é nosso. Só discutimos um bom jogo e se apoiar um no outro", completou.
Dois exemplos desta sexta-feira mostraram certa desconexão entre a diretoria e o técnico. O presidente José Carlos Peres disse que Cuca vetou estrangeiros, mas a indicação de Nicolás Blandi, do San Lorenzo-ARG, partiu dele. E o comandante não gostou da nota de repúdio do clube contra a arbitragem da partida diante da Raposa.
"Fui eu, pergunta para o Ricardo Gomes, eu que ofereci (o Blandi)… Não importa quem ofereceu, problema é que nós temos que pensar juntos e resolver internamente. Internamente é melhor, sem mandar recado para a imprensa", afirmou o treinador.
Cuca foi contratado pelo Santos em acordo até o fim de 2019. Na apresentação, o presidente José Carlos Peres encheu o técnico de elogios.