PUBLICIDADE
Logo do Santos

Santos

Favoritar Time

Após passar fome, Geuvânio não teme costumes da China

24 jan 2016 - 09h30
(atualizado às 11h06)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Lucas Baptista / Futura Press

Dos dias em que passou fome quando era criança no Sergipe, ao contrato assinado com salário de mais de R$ 1 milhão, a trajetória de Geuvânio não foi fácil. Mesmo assim, apesar do suntuoso honorário, deixar o time que lhe acolheu sete anos atrás não foi uma tarefa tranquila.

“Viemos de Sergipe, passei fome, tinha vezes que não tínhamos o que comer. Tomei a decisão junto com a minha família. Olhei para dentro da minha casa, conversei com meus pais, meus irmãos e meus amigos. Não tomei essa decisão sozinho, todos participaram dela. Analisamos as possibilidades e vimos o projeto como muito bom”, comentou.

Geuvânio nasceu na Ilha das Flores, cidade com pouco mais de 8 mil habitantes e que tem um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,562 – considerado baixo pela ONU (Organização das Nações Unidas). Hoje com uma condição de vida incorporável à de sua infância, Geuvânio não se esquece daqueles que o ajudaram nos momentos difíceis.

“Depois que eu vim pra São Paulo, jogava em um terrão na Zona Leste e não tinha perspectiva nenhuma de futuro. Agradeço a Deus por ter chego aqui hoje e agradeço também aos Ismailton Oliveira. Foi ele que me deu a primeira oportunidade. Foi o primeiro teste. Nunca vou me esquecer disso. Quantas vezes não tinha nada pra comer em casa e ele nos ajudou. Agradeço a Deus por isso que acontece em minha vida. Obrigado”, disse o camisa 11, que se emocionou ao falar sobre o empresário Ismailton.

Já livre das preocupações que o assombravam na infância, Geuvânio já tem na cabeça as dificuldades que terá na adaptação à China, apesar de estar focado em superá-las e, desta forma, chegar à Seleção Brasileira. “Vai ser diferente da cultura do Brasil, estou ciente disso. Vou levar meus pais pra ficarem comigo e eles vão me ajudar. O mais difícil é a língua, mas os intérpretes vão ajudar a gente. Vamos saber lidar e passar por cima disso sem problemas. Tenho tudo pra chegar na Seleção. Por que não? Não tem porque eu não chegar na Seleção. Vou chegar lá sim, eu tenho certeza”.

Por fim, o camisa 11 fez questão de exaltar e relembrar sua passagem no Peixe. “Tenho uma família ali (no Santos). Tanto as tias da cozinha, como os jogadores, me dou bem com todos do clube. A despedida foi emocionante, deixei uma família lá. O Ricardo Oliveira é um grande amigo e quando eu o abracei, nós dois ficamos emocionados. Tenho certeza de que voltarei um dia a este clube”, finalizou.

*Especial para a Gazeta Esportiva

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade