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Promessa do golfe, Luiza Altmann aprimora tacadas para Tóquio

Atleta de 20 anos vive nos Estados e sonha defender o País na Olimpíada de 2020

15 nov 2018 - 05h11
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Depois de conquistar vários títulos nacionais e representar o País em torneios internacionais, Luiza Altmann se tornou uma das principais promessas do golfe brasileiro para os Jogos de Tóquio. O ano que vem será de afirmação.

A atleta de 20 anos vai disputar o tour de acesso ao LPGA, o maior circuito profissional do mundo. "Luiza Altmann é a golfista brasileira de maior destaque do cenário sul-americano hoje, aquela que tem maior potencial para crescer e se classificar para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020", afirma Euclides Gusi, presidente da Confederação Brasileira de Golfe.

Porém, o caminho para Tóquio é longo. Altmann se tornou profissional este ano e participou de diversas etapas do Ladies European Tour, principal circuito europeu. Hoje, ela ocupa a terceira posição no ranking brasileiro, atrás de Victoria Lovelady e Luciana Lee. "Para 2019, o plano é jogar os torneios de maior importância, seja o tour europeu ou tour norte-americano, aqueles que dão pontos para o ranking mundial. No fim de 2019, tenho a meta de ser uma das melhores e conseguir uma vaga para a Olimpíada de Tóquio", admite a jogadora.

Os dirigentes da CBGolfe destacam a trajetória consistente da atleta de São Paulo. Como amadora, Luiza conquistou a primeira posição no ranking juvenil e representou o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (2015) e no Campeonato Mundial Amador (2014/2016).

Ela vive nos Estados Unidos desde os 13 anos. A mudança de país foi uma decisão conjunta com a família para que pudesse se aperfeiçoar e evoluir na modalidade. A opção foi uma clínica de golfe juvenil que oferecia recursos técnicos e uma estrutura de treinamento que não existiam no Brasil à época. A aposta na carreira esportiva está inserida em uma tradição familiar. Ela é neta de Luise Altmann, que foi campeã paranaense de tênis por vários anos e atleta de golfe até os 86 anos.

Hoje, Luiza mora sozinha em Orlando, na Flórida, em rotina que inclui oito horas de treinos, no campo e na academia. No tempo que sobra, cursa o segundo ano da faculdade de Mergers and Acquisitions (Fusões e Aquisições). É uma espécie de Administração de Empresas, com foco na compra e venda de empresas. Os pais são empresários da área química no interior de São Paulo. "Não existe lugar como os Estados Unidos para um atleta de golfe. Mas sinto falta da cultura brasileira."

Recentemente, a golfista passou a ser patrocinada pelo grupo Magic Development, que desenvolve empreendimentos de luxo nos EUA. Além disso, ela recebe suporte da CBGolfe por meio da Lei Agnelo Piva. "Antes, os profissionais viviam por conta própria. Agora, recebem apoio financeiro para alcançar seus objetivos", diz o presidente.

Estadão
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