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Primeira semifinal da Inglaterra na Copa desde 1990 atrai poucos torcedores à Rússia

11 jul 2018 - 11h28
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A Inglaterra não disputava uma semifinal de Copa do Mundo desde 1990, quando perdeu nos pênaltis para a então Alemanha Oriental, mas quando enfrentar a Croácia na Rússia nesta quarta-feira pode não haver mais do que alguns milhares de torcedores ingleses presentes no estádio.

Torcedores ingleses em Moscou 10/07/2018 REUTERS/Gleb Garanich
Torcedores ingleses em Moscou 10/07/2018 REUTERS/Gleb Garanich
Foto: Reuters

O estádio Luzhniki, em Moscou, tem capacidade para 80 mil pessoas, o que significa que os poucos milhares de ingleses esperados devem ser superados de longe pelos torcedores croatas, além dos russos, que devem ser a maioria nas arquibancadas.

Inglaterra e Croácia, ambas seleções com lembranças amargas de derrotas em semifinais no torneio, disputarão uma vaga na final de domingo contra a França.

Mas a escassez de torcedores ingleses pode fazer com que os cantos dos torcedores ingleses e seu refrão contagiante "está voltando para casa" sejam difíceis de discernir em Moscou, apesar de uma corrida de última hora de alguns torcedores rumo à capital russa.

"Está meio lento neste momento", disse Paul Turner, de Manchester, vestindo uma camisa vermelha da seleção no centro de Moscou. "Esperávamos mais torcedores por aqui e mais alguns bares abertos, mas ainda está meio quieto", acrescentou, falando na manhã do dia do jogo.

Os temores de violência e racismo surgidos antes do Mundial, intensificados pelas lembranças de confrontos entre torcedores ingleses e russos em Marselha durante a Euro 2016 na França, podem ter desestimulado alguns a viajarem à Rússia para o torneio.

O comparecimento também parece ter sido afetado pelas tensões diplomáticas causadas pelo envenenamento de um ex-agente duplo russo e sua filha no sul da Inglaterra em março, e agora pela morte de uma britânica que a polícia diz ter sido contaminada com o mesmo agente nervoso.

"Estamos nos divertindo bastante até agora... nos sentimos seguros e protegidos, ao contrário de antes de virmos, ninguém sabia o que esperar. É por isso que não apareceram muitos torcedores da Inglaterra aqui", disse Mark Jowsey, açougueiro de Newcastle de 46 anos.

"Moscou é um dos melhores lugares que já conheci", acrescentou.

Tranquilizados pelos relatos positivos a respeito do torneio e inspirados pelo progresso inesperado de sua seleção, alguns torcedores ingleses correram para a Rússia nos últimos dias, aproveitando os ingressos extra disponibilizados pela Fifa e os assentos adicionais em voos partindo do Reino Unido com destino à capital russa - mas os primeiros sinais levam a crer que nada disso bastou para fazer uma grande diferença no comparecimento.

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