Crise sem fim: presidente da Portuguesa pede renúncia
A má fase da Portuguesa parece não ter fim. Nesta segunda-feira, o presidente José Luiz Ferreira de Almeida, no cargo há apenas seis meses, renunciou ao posto. A decisão foi anunciada antes da importante reunião do Conselho de Orientação Fiscal (COF) que discutirá o futuro do Canindé e foi motivada pelo rebaixamento à Série D do Campeonato Brasileiro, falta de dinheiro e crescimento da oposição no clube.
O mandato de Zé Luis iria até o final do ano, quando ocorreriam as próximas eleições presidenciais da Portuguesa. Com a renúncia, porém, o novo presidente deve ser definido em reunião ainda nesta segunda-feira. De acordo com o estatuto do clube, o presidente do Conselho Deliberativo, atualmente Leandro Teixeira Duarte - neto de Oswaldo, que dá nome ao estádio -, deve ser o escolhido.
No mesmo encontro, a Portuguesa buscará uma solução para tentar evitar que o estádio Oswaldo Teixeira Duarte, o Canindé, seja leiloado. Em comunicado oficial, Zé Luis pontuou que o atraso no pagamento de salário de funcionários do clube também motivo sua saída.
"Não tenho o direito de fazer com que os funcionários do clube passem por dificuldades, além das que já passam", argumentou. Os empregados reclamam três meses de salários atrasados.
José Luiz Ferreira de Almeida foi eleito presidente da Portuguesa no final de abril, com mandato apenas até 31 de dezembro. Na ocasião, ele foi candidato único após a renúncia de Ilídio Lico, que renunciou em dezembro de 2015 e já havia assumido um clube que estava sem presidente desde a renúncia de Jorge Manuel Gonçalves, em março.
A situação da Portuguesa que já era caótica, se tornou ainda pior com o rebaixamento à Série D do Campeonato Brasileiro, o quarto em três anos - três nacionais e um estadual. Com R$ 250 milhões em dívidas trabalhistas, o clube perdeu a cota de televisão com o descenso e, na série A2 do Paulistão não teria como abater a dívida e, ao mesmo tempo, se manter.