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Por globalização, associação de surfe prefere Medina campeão

8 nov 2014 - 09h37
(atualizado às 09h39)
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Medina crê que título brasileiro será importante para surfe:

É quase que unânime no mundo do surfe que um título mundial de Gabriel Medina é mais atraente para o esporte do que a 12º conquista de Kelly Slater, ou mesmo o tetra de Mick Fanning, únicos adversários capazes de tirar o primeiro lugar do WCT do surfista nascido em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Com domínio total de americanos e australianos, o brasileiro pode acabar com um jejum de 49 anos sem um triunfo latino-americano e ajudar na globalização da modalidade. Pelo menos essa é a opinião da Associação dos Surfistas Profissionais (ASP) e do próprio Medina.

“Acredito nisso. Esse título não será só importante para mim e para o Brasil, mas também para o esporte. Estão acostumados a ver sempre os americanos e australianos ganhando e tendo um brasileiro liderando, com possibilidade de título, é bom. Como já estamos vendo, aumentou bastante na mídia, os fãs, e acho isso muito legal para o surfe. Vai ajudar o esporte a crescer”, afirmou em entrevista exclusiva ao Terra durante o anúncio da Samsung como sua nova patrocinadora.

Para o diretor da ASP, Renato Hickel, a mudança é muito bem-vinda e ajudaria na globalização do esporte. “Todos na organização acreditam que um título de Medina seria mais interessante do que outra conquista de Kellye Slater ou Mick Fanning. Nós achamos que isso não só quebraria a hegemonia americana e australiana, como também traria um novo sabor para o torneio. Enviaria uma mensagem para qualquer garoto que está começando a surfar, mostrando que é possível você se tornar um campeão, independentemente de onde você venha. Isso ajudaria muito na nossa expansão, principalmente na América do Sul”, falou ao Terra.

Americanos, havaianos e australianos dominam o campeonato mundial desde 1990. A última conquista fora desse eixo aconteceu em 89, quando o britânico Martin Potter levantou o troféu. Antes dele, apenas o sul-africano Shaun Tomson, em 77, quando a competição ainda era organizada pela Associação Internacional de Surfe (ISA), e o peruano Felipe Pomar, em 65, pela ISF, acabaram com essa hegemonia.

Quando perguntado se ter que quebrar esse jejum o traria mais pressão, Medina mostrou tranquilidade. “Sempre lidei bem com pressão, quando eu via que estava grande, levava para o lado da motivação. Sempre vemos esses caras ganhando, também quero chegar lá e ser um deles. Agora estou batendo de frente e isso me motiva. Foi depois de muita vontade e dedicação que cheguei aqui, é muito bom representar o Brasil e vou fazer de tudo para conseguir esse Mundial”, disse.

Sobre o crescimento do esporte no Brasil, o surfista acredita que já houve uma melhora significativa e que o fracasso das outras modalidades acabou ajudando. “Devido aos meus resultados, acho que já tem aumentado, em questão de mídia e de fãs. Acho que tem muito a ver com o momento das outras modalidades no País. Infelizmente, o Brasil não conseguiu ter bons resultados na Copa do Mundo, no basquete e no vôlei e acredito que isso fez o surfe crescer aqui. Acho isso muito louco, é tudo novo para mim e estou aproveitando cada segundo. Não é pressão, mas a ansiedade está batendo”, finalizou. 

O QUE GABRIEL MEDINA PRECISA PARA SER CAMPEÃO

- Se terminar em 25º ou 13º, ou seja, ser eliminado na segunda ou terceira fase no Havaí

- Torcer para Kelly Slater não vencer a etapa, e Mick Fanning não chegar às semifinais; caso Fanning caia nas quartas, os dois farão uma bateria homem a homem para desempatar

- Se terminar em 9º, ou seja, perder na quinta fase

- Torcer para Fanning não chegar à final

- Se ficar em 5º ou 3º, ou seja, cair nas quartas ou na semifinal

- Torcer para Mick Fanning não vencer a etapa
- Se chegar à final, conquista o título, independentemente do resultado de Fanning

*O repórter viajou a convite da Samsung

Medina torce por volta de Slater por "vitória com prestígio":

Fonte: Terra
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