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De novo, tapetão vira alvo de disputa após fim do Brasileiro

Sport e Ponte Preta tentam ganhar pontos no tribunal para, respectivamente, permanecer e ascender à Série A

11 dez 2018 - 12h33
(atualizado às 12h34)
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Sem futebol nos estádios, a bola entra em jogo no Tapetão, com a tentativa de Sport e Ponte Preta de ganhar pontos no tribunal para atender a seus interesses – no caso da equipe de Pernambuco, a de se manter na Série A do Brasileiro, já a de Campinas quer subir para a elite em 2019. Sem entrar no mérito das queixas desses dois clubes, a iniciativa é recorrente no futebol brasileiro. Quem não vence em campo muitas vezes busca uma brecha na justiça esportiva para ser beneficiado. Em outras palavras, tenta virar a mesa.

Hernane, atacante do Sport, durante partida do time no Brasileirão 2018
Hernane, atacante do Sport, durante partida do time no Brasileirão 2018
Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Agência Eleven / Gazeta Press

O sucesso dessas empreitadas guarda relação com a força política dos clubes que protestam ou que são alvos de denúncias. Um exemplo clássico disso ocorreu no Brasileiro de 2013, numa polêmica envolvendo Fluminense, Flamengo e Portuguesa, por causa da escalação irregular, e controversa, de um jogador da Lusa e de outro do Flamengo na rodada final. Um dos três teria que cair para a Segunda Divisão. A Portuguesa foi a rebaixada.

Desta vez, a Ponte Preta alega que o lateral Ernandes, do Goiás, atuou de forma irregular em várias partidas da Série B. Por isso, já protocolou uma queixa no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e quer a punição do clube goiano, que ficou entre os quatro melhores da Série B - a Ponte chegou em quinto lugar.

No rastro da equipe de Campinas, o Sport passou a apostar na sua permanência na Série A, em razão de uma partida que Ernandes jogou pelo Ceará, logo no início do Brasileiro. Os pernambucanos defendem que ele estava em situação irregular e também reivindicam no STJD uma punição ao Ceará, com a perda de pontos. Se isso ocorrer, o time rubro-negro de Recife não cairá. O STJD deve analisar essas pendências ainda esta semana.

Confira abaixo outros casos de virada de mesa famosos no futebol brasileiro:

Em 1986, o Botafogo teve campanha desastrosa no Brasileiro e sua queda anunciada depois que o campeonato acabou. Mas foi eficiente na justiça e conseguiu a virada, nos tribunais. A decisão acelerou a criação do Clube dos Treze e da Copa União, o nome do Brasileiro de 1987 que incluiu o Alvinegro carioca.

Em 1992, o Grêmio jogou a Série B, mas trabalhou por uma mudança no regulamento, que permitiu o acesso de 12 times para a Série A de 1993. Antes, eram apenas dois que subiam. O time terminou em nono lugar e voltou para o convívio com os grandes.

Em 1996, Bragantino e Fluminense acabaram nas últimas posições do campeonato e teriam de disputar a Série B de 1997. Mas a CBF interveio no regulamento e manteve os dois na turma de cima.

Em 1999, o Fluminense esteve na Série C, da qual saiu campeão. Deu um salto e disputou o módulo azul do Brasileiro de 2000, ou seja, a Primeira Divisão, sem passar pela B.

Em 2005, em razão da 'máfia do apito', a CBF anulou 11 partidas da competição e determinou que fossem realizadas novamente. Isso ajudou o Corinthians, que recuperou os pontos de dois jogos perdidos anteriormente. A equipe paulista sagrou-se campeã daquele ano.

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Minas do Futebol Trailer Original:
Fonte: Silvio Alves Barsetti
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