PUBLICIDADE
Logo do Ponte Preta

Ponte Preta

Favoritar Time

Após momentos de angústia, torcida da Ponte Preta faz festa no "Mogistoso"

28 nov 2013 - 09h13
(atualizado às 09h40)
Compartilhar
Exibir comentários

Juvenal Juvêncio e companhia bem que tentaram classificar o São Paulo para a final da Copa Sul-Americana pelos bastidores, mas a Ponte Preta mostrou que futebol se ganha dentro de campo. E também nas arquibancadas. Depois de “calar” 50 mil tricolores no Estádio do Morumbi na semana passada, a torcida alvinegra deu um verdadeiro show nas arquibancadas do Estádio Romildo Gomes Ferreira. Por falar em estádio, nem parecia que o duelo desta quarta-feira foi realizado em Mogi Mirim (SP). Não é a toa que o local passou a ser chamado de “Mogistoso”, em alusão ao Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.

A torcida alvinegra comprou a ideia de transformar o Romildão no Majestoso, e quase 15 mil pessoas lotaram o espaço destinado aos campineiros, que não deixaram a Ponte Preta desamparada. Nas palavras de um torcedor, as arquibancadas do estádio pareciam coração de mãe: sempre tinha espaço para mais um.

<p>Empate em Mogi Mirim assegurou a festa da Ponte Preta na Copa Sul-Americana</p>
Empate em Mogi Mirim assegurou a festa da Ponte Preta na Copa Sul-Americana
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

A concentração começou ainda em frente ao Moisés Lucarelli por volta das 3 horas. Churrasco, cerveja e muita risada até os ônibus chegarem. O clima de descontração continuou até às 21h50. Durante a viagem, sob escolta da Polícia Militar, os torcedores não criaram confusão e foram cantando seus gritos de guerra. Juvenal Juvêncio e São Paulo foram bastante lembrados - além do arquirrival Guarani, é claro.

O clima de descontração, porém, durou até o apito inicial de Carlos Vera. A Ponte Preta tinha uma grande vantagem depois de ter ganhado no Morumbi por 3 a 1. Mesmo assim, o torcedor conhece o time para o qual torce - capaz de derrotas e vitórias improváveis - e por isso começou com um pé atrás. Nervosismo a cada bola cruzada, uma unha a menos a cada chute para o gol e um fio de cabelo arrancado a cada falta perto da área.

A angústia e apreensão deram lugar a alegria aos 42min do primeiro tempo: Leonardo chutou errado, a bola bateu em Rodrigo Caio e voltou nos pés do atacante, que dessa vez não desperdiçou. Choro nas arquibancadas, mas de alegria. Depois disso, o clima mudou e os pontepretanos já começaram a almejar a final da Copa Sul-Americana.

Nas palavras de um torcedor, arquibancadas do Romildão lembravam coração de mãe: sempre cabia mais um
Nas palavras de um torcedor, arquibancadas do Romildão lembravam coração de mãe: sempre cabia mais um
Foto: André Regi Esmeriz - Especial para o Terra

Veio a etapa final. E dessa vez a angústia era para que o tempo passasse logo. Cinco minutos pareciam uma eternidade. Quem estava sem relógio, então, não parava de perguntar o horário. E a ansiedade aumentava com a resposta: 25min, 30min... Vendo a vaga na final garantida, a torcida pontepretana fazia muita festa nas arquibancadas, com gritos de "olé" e "eliminado", entra outros.

Nem mesmo o gol do São Paulo deixou os torcedores com medo. Muito pelo contrário. As quase 15 mil vozes alvinegras se duplicaram. O fato de a partida ter sido tirada do Moisés Lucarelli pela Conmebol a pedido do clube tricolor voltou a ser lembrado através do grito: "Bambi, medroso, não vai no Majestoso". O principal alvo, porém, era o presidente Juvenal Juvêncio, que irritou bastante torcida e diretoria pontepretana através de alguns comentários durante as semanas.

Após o apito final, alívio geral e muita comemoração com a vaga para a grande decisão garantida. Jogadores se abraçaram em campo e foram festejar próximo aos torcedores. Na saída do Romildão, as ruas de Mogi Mirim foram tomadas por pontepretanos. Os mais ensandecidos subiam no teto do ônibus e comemoravam junto aos torcedores. Herói do dérbi de 2003 - marcou três gols sobre o Guarani -, o argentino Darío Gigena mais uma vez marcou presença - havia ido na Argentina contra o Vélez Sarsfield - e foi enaltecido pelos alvinegros.

No caminho de volta, muito buzinaço na Rodovia Adhemar de Barros. Se a viagem de ida parecia não ter fim, o retorno foi mais rápido do que todo mundo esperava. Ou pelo menos parecia. Afinal, nada mais poderia estragar a festa dos torcedores pontepretanos, que chegaram em Campinas e ainda fizeram festa em frente ao Moisés Lucarelli.

Fonte: André Regi Esmeriz - Especial para o Terra André Regi Esmeriz - Especial para o Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade