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Pista de skate no Afeganistão muda vida de crianças locais

ONG Skateistan, do australiano Oliver Percovich, promove ações educacionais e ligadas ao skate em Cabul, a capital afegã

21 jul 2014 - 08h00
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Em uma das nações mais pobres e violentas do mundo – o Afeganistão –, o skatista australiano Oliver Percovich, 40 anos, encontrou terreno fértil para um projeto inovador: a construção de uma pista de skate que ajudasse crianças e jovens a criar novas oportunidades e desenvolver seu potencial para mudanças. Desde 2007, a ONG Skateistan, entidade sem fins lucrativos, promove ações educacionais e ligadas ao skate em Cabul, a capital afegã.

A organização busca atrair crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos, oferecendo-lhes integridade, confiança, respeito e igualdade a partir do esporte. “Nós usamos o skate para conectar e integrar as crianças, oferecendo oportunidades de educação, liderança e pensamento criativo para ajuda-las a quebrar os ciclos de pobreza e exclusão no país”, informa Percovich no site do projeto, que atende cerca de 500 jovens – a metade, moradores de rua.

A iniciativa chama atenção por ser uma das poucas que contemplam mulheres no esporte, já que no Afeganistão elas sequer podem andar de bicicleta. As mais de 200 garotas inseridas no projeto têm dois dias de programação voltados exclusivamente para elas, quando recebem orientações de instrutoras para a prática do esporte e ganham transporte para casa.

Entre as demais atividades há aulas semelhantes às ministradas no Ensino Infantil, Fundamental e Médio oferecidas para crianças de rua, refugiados e meninas, aulas de skate para ambos os sexos, atividades artísticas, intercâmbio cultural e cursos de liderança para jovens. O financiamento do projeto acontece por meio de doações, apadrinhamento, parceiros e voluntários. Este mês, a ONG deu início à arrecadação de seu fundo bianual, com o intuito de conseguir US$ 20.000 (o equivalente a R$ 44.mil) para manter a Skateistan em funcionamento.

Inclusão além-fronteiras

Com apenas dois anos, a organização começou a ganhar visibilidade por ser uma das maiores entidades de inclusão social através do esporte na região. Em 2009, recebeu contribuições dos governos do Canadá, Alemanha e Noruega, e doações de lojas de skate, o que possibilitou a construção de uma pista coberta, apta a receber mais de 300 alunos por semana.

Os constantes investimentos ao longo dos anos permitiram que o sonho da Skateistan crescesse e cruzasse fronteiras. Hoje, a organização está presente no Paquistão e no Camboja, no continente asiático, e na África do Sul. “Nós queremos construir uma organização sustentável que seja reconhecida local e globalmente por mudar a vida de milhares de jovens através do skate e outros programas de qualidade, criando líderes capazes de mudar o mundo”, justifica Percovich.

Fonte: Dialoog Comunicação
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