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VAR não pode virar golpe contra autoridade do juiz

Ao rever lances interpretativos, os juízes de vídeo extrapolam suas funções

31 mar 2019 - 13h43
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No tênis, o juiz deu bola fora, mas o jogador tem certeza que ela foi boa. O telão mostra que o tenista tinha razão e ele ganha o ponto. Corrigiu-se um erro e a justiça foi feita.

No vôlei, o time reclama que a bola desviou no bloqueio do adversário. As imagens confirmam que houve um leve toque, que não tinha sido visto pelo juiz em quadra, e a injustiça é corrigida.

O árbitro Vinicius Furlan anula marcação de pênalti após checar com o Árbitro Assistente de Vídeo (VAR, na sigla em inglês) durante partida entre São Paulo Palmeiras, válida pelas semifinais do Campeonato Paulista 2019, no Estádio do Morumbi, na capital paulista, neste sábado (30).
O árbitro Vinicius Furlan anula marcação de pênalti após checar com o Árbitro Assistente de Vídeo (VAR, na sigla em inglês) durante partida entre São Paulo Palmeiras, válida pelas semifinais do Campeonato Paulista 2019, no Estádio do Morumbi, na capital paulista, neste sábado (30).
Foto: LÉO PINHEIRO/DIA ESPORTIVO / Estadão Conteúdo

No futebol, a boa nova do VAR foi e tem que ser comemorada, mas os árbitros nas suas salinhas com ar-condicionado estão se lambuzando com imagens de tantos ângulos e se metendo onde não foram chamados.

O pênalti marcado, e depois anulado, a favor do Palmeiras contra o São Paulo mostra o quanto uma boa ideia pode virar argumento para quem não quer que o futebol se modernize.

Pense na situação do árbitro Vinicius Furlan. Ele estava bem posicionado e marcou com convicção o pênalti de Reinaldo sobre Dudu. Só que alertado pelo muy amigo Raphael Klaus, o juiz foi ao monitor ver e rever o tal lance em câmera lenta e voltou atrás. Furlan teve medo de bancar o pênalti porque não quis brigar com as imagens, que por sinal não tiraram e não tiram dúvidas em lances como esses.

O futebol é apaixonante porque permite interpretações diversas que não terminam

nos botecos e nem com o uso do VAR. Por isso, os vídeos precisam ser usados com moderação e para corrigir erros crassos. Caso contrário, vira golpe.

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