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Democracia Corinthiana comemora 35 anos do bi paulista

Em dezembro de 83, Sócrates, Casagrande e companhia derrotaram o São Paulo na final

1 dez 2018 - 12h07
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Felipe tem 14 anos e já conhece a importância da Democracia Corinthiana no contexto histórico da luta pela redemocratização do país e na campanha pelas Diretas Já! de 84. Ele também já se emocionou ao ver o discurso de Sócrates, na Praça da Sé abarrotada, prometendo não ir embora do país se a emenda Dante de Oliveira fosse aprovada, o que teria permitido que os brasileiros voltassem a votar para presidente em 85.

O que ele não conseguia compreender até pouco tempo atrás, repetindo indagações do irmão mais velho Gabriel, era por que aquele time tinha sido tão reverenciado, se afinal só havia ganhado dois títulos paulistas? Ou então como aquele timaço, decantado em verso e prosa, não havia conquistado o Brasil?

Sócrates abre o placar do primeiro jogo da decisão do paulista de 1983
Sócrates abre o placar do primeiro jogo da decisão do paulista de 1983
Foto: Domicio Pinheiro / Estadão

 Depois de explicar que naquela época o Paulista era tão valorizado e tão difícil quanto o Brasileiro, foi hora de lembrar que quase todos os craques brasileiros da época ficavam mesmo por aqui. Havia o Flamengo de Zico, Leandro, Júnior e Adílio. O Vasco de Roberto Dinamite, o Fluminense de Washington e Assis. O Grêmio de Renato Gaúcho e, alguns anos antes, o Inter de Falcão. 

E havia também o São Paulo de Valdir Peres, Dario Pereira e Zé Sérgio. Trinta e cinco anos atrás o mesmo rival derrotado no primeiro título da Democracia Corinthiana, em 82, tentaria dar o troco e impedir o bi do Timão.

“Ganhar ou perder, mas sempre com democracia.” Foi com essa faixa que os jogadores corintianos entraram em campo, no dia 11 de dezembro de 1983, para fazer a primeira partida da decisão, no Morumbi.

Sócrates foi o autor do único gol, marcado ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, uma tempestade proporcionou aos amantes do futebol o registro de uma das mais belas e conhecidas fotos do Dr. Sócrates. O clique do craque Daniel Augusto Jr. flagrou o eterno Magrão de costas, em meio a uma chuva torrencial.

Três dias depois, os dois times voltaram ao mesmo Morumbi. Dessa vez, quis o destino que Leão, a voz dissonante do movimento, fizesse a diferença com grandes defesas. Nos acréscimos, Zenon fazendo uma jogada à la Sócrates, deu de calcanhar para o Doutor abrir o placar. Marcão ainda empatou o jogo, mas não impediu o bi corintiano, que seria também o último título da Democracia Corinthiana.

E como é bom rever os lances principais das duas partidas históricas com as narrações de José Carlos Cicarelli e do saudoso e inesquecível Luiz Noriega (vídeos abaixo). Esporte é Cultura.

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