CBF desrespeita dor da Chape por Henzel ao vetar pedido
Entidade não atendeu aos apelos da Chapecoense, que queria adiar o jogo contra o Criciúma por causa da morte do jornalista Rafael Henzel
Rafael Henzel foi um dos seis sobreviventes do voo da Chapecoense que matou 71 pessoas, no dia 29 de novembro de 2016. Na terça-feira, o jornalista sofreu um infarto e morreu, deixando a cidade órfã outra vez. Por causa do clima de comoção, o time solicitou duas vezes para que a CBF adiasse o jogo desta quarta-feira contra o Criciúma, pela Copa do Brasil.
Só que os pedidos foram negados. Daria muito trabalho para os burocratas da entidade, que teriam que achar uma nova data para o confronto. Afinal, eles já são muito ocupados em saber como podem faturar mais, seja nos torneios que promovem ou nos amistosos caça-níqueis da Seleção.
Mas afinal, o que poderia se esperar de uma entidade que teve os três últimos presidentes afastados por corrupção? Seria possível imaginar que de uma hora para outra o bom senso ou a solidariedade dessem uma rápida passada por lá?
Caro, Henzel, eles passarão e você passarinho. Obrigado por trazer conforto para os familiares e amigos da tragédia que abalou o País, no segundo tempo que a vida te deu de presente. E obrigado também por nos deixar a lição estampada na capa do seu livro: "Viva como se estivesse de partida".