A vida anda sofrida pra quem é corintiano
Chuva, metrô lotado e um futebol de dar medo
Gustavo e Gabriel se programaram pra ver o Corinthians em campo. A tempestade que desabou na zona Norte de São Paulo, onde eles moram e trabalham, atrasou todo o cronograma.
Vencida a primeira barreira, saíram correndo do trabalho no horário de pico, encararam o metrô lotado e seguiram em frente porque o jogo começaria às 19h15.
O corre corre não impediu que chegassem no estádio com vinte minutos de jogo. Mas logo foram consolados no estádio: até o momento o Corinthians tinha sido incapaz de criar uma única chance de gol.
Não demorou e Boselli cortou o zagueiro e bateu para Júlio César fazer uma boa defesa. E foi só. A esperança ficou para o segundo tempo.
Mesmo com Pedrinho no lugar de Thiaguinho e com a estranha entrada de Danilo Avelar, o Corinthians era um time apático, sem um pingo de criatividade e sem conseguir chutar a gol.
Na base do desespero, Carille tirou o sonolento Jadson e colocou Gustagol. Dois centroavantes, ninguém para armar e uma sequência ridícula de laterais para a área à procura do grandalhão Gustavo, o xará do torcedor frustrado.
Como sempre pode piorar, o Red Bull fez dois gols de cabeça, empurrou o Corinthians pro terceiro lugar do grupo e deixou a Fiel apreensiva já que os três rivais lideram seus respectivos grupos no Paulistão.
Gustavo e Gabriel fizeram o caminho de volta até o metrô cabisbaixos. Os números não mentem: o Timão é a quarta força. E na estação foram lembrados pelo alto-falante: destino final Palmeiras/Barra Funda. Pois é, sábado tem Verdão e Timão. Haja coração!