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Nobre fala de Blackstar e atribui renúncia à sindicância: "Palhaçada"

8 set 2019 - 23h02
(atualizado em 9/9/2019 às 17h11)
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Paulo Nobre presidiu o Palmeiras até 2016 e, menos de três anos depois, renunciou ao cargo de conselheiro vitalício do clube. Em entrevista exclusiva ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o ex-mandatário atribuiu a decisão ao fato de ser alvo de sindicância pelo controverso caso Blackstar.

No contexto das últimas eleições presidenciais, disputadas entre Maurício Galiotte e Genaro Marino, a oposição apresentou uma proposta de patrocínio de R$ 1 bilhão por parte da Blackstar. Procurado pela empresa, Paulo Nobre intermediou o contato com a chapa.

"Em uma entrevista extremamente infeliz, a mulher do dono do patrocinador (Leila Pereira) falou que, se o candidato dela não ganhasse, sairia do clube. Então, uma pessoa interessada em fazer uma proposta de patrocínio ao Palmeiras me procurou. Expliquei que estava 100% afastado da vida política e que, se ela quisesse, poderia apresentá-la à cúpula da oposição", explicou Nobre.

De acordo com o ex-presidente, sua única exigência para intermediar o contato foi que a proposta fosse para o Palmeiras e não apenas para uma das chapas. Com o pedido devidamente atendido pela Blasckstar, Nobre apresentou as partes e cedeu seu escritório para o encontro.

Ao analisar a proposta, a diretoria encabeçada por Maurício Galiotte, vencedor das eleições, concluiu que a Blackstar apresentou falsas garantias bancárias. Assim, o clube resolveu abrir uma sindicância para apurar a responsabilidade dos envolvidos na proposta, entre eles Paulo Nobre e Genaro Marino.

"Achei um absurdo eu participar de uma sindicância por ter apresentado uma pessoa que, eventualmente, se interessou em patrocinar o clube", disse Nobre. "Pelo fato de fazerem essa palhaçada que foi a sindicância, achei extremamente ofensivo", acrescentou.

Paulo Nobre ingressou na vida política do Palmeiras em 1997 e fala com orgulho de sua gestão como presidente do clube, marcada pela reconstrução após anos de fracasso. No entanto, insatisfeito com a sindicância, tomou a decisão de renunciar ao cargo de conselheiro vitalício.

"Recebi a convocação como se tivesse feito algo prejudicial ao clube, depois de tudo que me matei. Todos conhecem meu caráter e minhas intenções", afirmou. "A partir do momento em que a coisa chegou nesse nível, falei: Numa boa, não tenho mais motivação e, acabada a sindicância, podem me considerar oficialmente fora do Conselho", explicou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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