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Há um ano sem jogar, Guerra aguarda fim de contrato e vai deixar o Palmeiras de graça

Meia venezuelano trazido por R$ 10 milhões treina separado do elenco e sairá do clube em dezembro

23 nov 2020 - 15h11
(atualizado às 15h11)
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O meia venezuelano Alejandro Guerra aguarda o fim de 2020 para selar uma despedida bastante discreta do Palmeiras. O jogador trazido no início de 2017 por R$ 10 milhões e com o peso de ter sido o craque da Copa Libertadores no ano anterior vive uma situação completamente oposta. Nesta terça-feira ele vai completar um ano sem disputar uma partida oficial e agora só espera o contrato terminar em 31 de dezembro para assinar com um novo clube.

Aos 35 anos, Guerra vai deixar o Palmeiras no prejuízo. O clube contou com o aporte de R$ 10 milhões da Crefisa para tirá-lo do Atlético Nacional, da Colômbia. Quando a saída do venezuelano for sacramentada, será necessário devolver o valor à patrocinadora em até dois anos, com juros mensais corrigidos pela taxa CDI. Ao todo o meia tem 62 jogos e oito gols pelo clube.

A última partida profissional de Guerra foi em 24 de novembro do ano passado, quando estava emprestado ao Bahia e entrou no segundo tempo da partida contra o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro. Depois disso o jogador voltou ao Palmeiras em janeiro de 2020 e não foi mais utilizado. Atualmente ele cumpre um cronograma de treinos em horários especiais e sem ter contato com os demais companheiros.

Mesmo diante de tantos desfalques recentes, o Palmeiras não pensou em utilizar o meia. O venezuelano sequer aparece na lista de jogadores no site oficial do clube. Em maio, Guerra reclamou da situação em entrevista ao veículo venezuelano El Drink Team. "Estou treinando à parte. Isso não se faz com ninguém! É uma falta de respeito. Se o time treina de manhã, eu treino à tarde. Se o time treina à tarde, eu treino de manhã. É uma situação que me deixa triste e faz não confiar no meu potencial, porque até perdi a credibilidade no meu futebol", disse.

Segundo o empresário do jogador, o colombiano Juan Pablo Pachón, já está acordado com o clube que Guerra cumprirá o contrato até 31 de dezembro. "O Guerra vai terminar o vínculo e depois deixar o clube. Ainda não há propostas concretas por ele", disse ao Estadão. Pachón afirmou que o jogador está afastado apenas por escolha do próprio Palmeiras. "Não houve qualquer tipo de problema ou desavença. Foi uma decisão técnica", explicou. O Palmeiras não quis comentar o assunto.

A reportagem apurou que no início deste ano a diretoria alviverde decidiu fazer uma reformulação no elenco e Guerra não faria parte do elenco. Mas quando o clube começou a receber propostas, o jogador recusou. No início da temporada, as procuras vieram de Vasco e Coritiba, mas o meia indicou ter preferência apenas por clubes do exterior. Depois, com a pandemia do novo coronavírus, o venezuelano não recebeu mais contatos.

Em 2019 o Palmeiras já havia definido que o meia não seria utilizado. A diretoria até estendeu o contrato com Guerra até dezembro de 2020 para que o jogador fosse emprestado ao Bahia no último ano e pudesse chamar a atenção de outra equipe para ser vendido. Pela equipe nordestina o venezuelano atuou somente 18 vezes, das quais em sete ocasiões foi titular. Depois do fim do empréstimo ele se reapresentou ao Palmeiras e não jogou mais.

Guerra sempre publica nas redes sociais imagens dos treinos na Academia de Futebol acompanhadas de frases religiosas e motivacionais. O venezuelano vestiu pela última vez a camisa do Palmeiras há quase dois anos. Em dezembro de 2018 ele atuou por alguns minutos na partida final da temporada, contra o Vitória, no Allianz Parque.

Embora distante dos companheiros de clube, Guerra se alegrou nas últimas semanas com a visita da seleção venezuelana à Academia de Futebol. A equipe treinou no local antes de enfrentar o Brasil, pelas Eliminatórias, e Guerra reencontrou alguns velhos amigos.

Estadão
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