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Orgulho australiano impulsiona técnico Postecoglou na Copa

16 mai 2014 - 11h56
(atualizado em 31/5/2014 às 11h53)
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Apesar de tomar as rédeas da seleção da Austrália somente oito meses antes da Copa do Mundo, com os Socceroos aparentemente em maus lençóis, o treinador Ange Postecoglou  não está vindo para o Brasil atrás de desculpas.

Qualquer observador mais atento poderia dizer que Postecoglou terá respostas na ponta da língua caso a Austrália decepcione em junho, não por ser o time com o pior ranking mas também por ter sido sorteada no mesmo grupo de Holanda, Chile e a atual campeã Espanha. 

Mas procurar por desculpas para o fracasso antes mesmo da competição começar é definitivamente algo que não combina com os australianos. E embora Postecoglou tenha nascido na Grécia ele já é praticamente um "Aussie". 

Ao fim do término do contrato de três anos do tecnocrata alemão Holger Osieck no comando da seleção, a federação local confiou no grego-australiano de 48 anos pelo fato dele ter crescido no país e conhecer bem a realidade australiana, e anunciou a chegada do novo treinador no último mês de outubro.

"Minha esperança e que consigamos restaurar o orgulho das pessoas pela seleção nacional", disse o treinador assim que foi anunciado no cargo.

"Eu realmente quero passar essa ideia de esperança para as pessoas que amam futebol e, sobretudo, amam nossa nação."

Outro fator importante que motivou sua contratação foi a reputação que ele construiu nos últimos 17 anos ao reconstruir times e fazê-los jogar de maneira ofensiva e arrojada. 

O time do Brisbane Roar, por exemplo, foi campeão da A-League nos anos de 2011 e 2012 depois de ser remodelado por Postecoglou, bem como o Melbourne Victory, agora rejuvenescido. 

Apesar da experiência do treinador no exterior se resumir a um breve trabalho no pequeno Panachaiki, da Grécia, ele costuma se referir à sua passagem de sete anos pelas seleções de base da Austrália como seu "PhD na área". 

Ele abraçou seu cargo na seleção adulta australiana com enorme entusiasmo, prometendo dar aos jovens jogadores australianos a chance de brilhar no time principal, fator que Osieck não soube explorar e pelo qual foi muito criticado. Com o antigo treinador, a geração que colocou a Austrália em duas Copas do Mundo envelheceu e não teve renovação. 

Com alguns amistosos pela frente para melhorar a sorte de uma equipe goleada por 6 x 0 por Brasil e França em 2013, Postecoglou pode receber o perdão dos australianos se preferir focar na disputa da Copa da Ásia jogando em casa em janeiro de 2015 --um torneio muito mais acessível para as pretensões dos Socceroos. 

(Por Nick Mulvenney)

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