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'O desempenho de 2018 nos deu esperança de sairmos muito bem'

Presidente da Confederação Brasileira de Atletismo se mostra otimista com o desempenho da modalidade nas próximas competições

20 jan 2019 - 04h41
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Warlindo Carneiro da Silva Filho, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, conversou com a reportagem do Estadão sobre a realidade da modalidade no País e sobre as perspectivas para este ano e o próximo, quando serão realizados os Jogos Olímpicos de Tóquio. O dirigente se mostra confiante com o sucesso dos atletas nacionais e revela novidades para a entidade, como a criação de uma nova marca.

Como está a situação da CBAt, que teve renúncia de dirigente e vive um momento delicado financeiramente?

Com a ajuda dos membros da assembleia e dos funcionários, treinadores e atletas, superamos bem esse emomento de 2018 e a nuvem está indo embora. Estamos superando, passamos pela crise política, conseguimos blindar os atletas e tivemos um ano super positivo. Os projetos estão sendo encaminhados e com a crise financeira resolvida vamos dar continuidade a eles. Estamos mudando a cara da entidade com trabalho e transparência. Conseguimos a certificação do Ministério do Esporte e repassamos aos órgãos competentes. Já estamos regularizados e nada nos impede de receber as verbas.

Este ano tem Mundial e outros eventos importantes. Qual a pretensão da confederação nessas disputas?

Vamos atender todos os eventos internacionais. Realizaremos os nacionais, temos um calendário já, vamos abrir o challenger da Iaaf, dia 28 de abril, e isso é muito bom para gente. Será um GP muito importante. Eu acredito que o Pan em Lima será fundamental, pois será um termômetro para a gente ver nossa força para o Mundial, em outubro, em Doha. Sou considerado muito otimista e acho que teremos grande participação no Pan e Mundial.

Como a entidade pode ajudar a melhorar o panorama da modalidade?

Os anos de 2019 e 2020 são decisivos. Temos em mente alguns projetos para termos o Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo em eterna efervescência, fazendo camps com principais atletas, levando os jovens e promovendo clínicas itinerantes para outras regiões. Os treinadores, professores, consultores ficariam realmente sendo remunerados pela CBAt. Temos muitas ideias e estamos reformando o orçamento e vamos partir disso. Vamos lançar uma nova marca, que já está pronta e até fim do mês vamos apresentar.

Na questão de patrocínio, existe uma apreensão? Como a CBAt vai trabalhar com poucos recursos?

Temos contrato com a Caixa e vai até 31 de dezembro de 2020. É nossa grande parceira e graças a ela o atletismo conseguiu evoluir nos últimos anos. Vamos lançar um slogan que será "todo brasileiro pratica atletismo" e a Caixa é o perfil do povo brasileiro. Nós temos uma afinidade muito grande com nossos patrocinadores e correspondemos às exigências contratuais deles.

Como a CBAt vê a crise em diversas equipes, que acabaram ou estão diminuindo o número de atletas?

Aquilo que atinge o atleta, vai atingir diretamente a CBAt. O Cruzeiro, que tem anunciado que iria encerrar as atividades, já deu uma esperança diferente. Na última entrevista que vi, já mudou um pouco o tom. É uma forma de dizer que teria de cortar alguns atletas.

O que a CBAt espera sobre a participação do País em 2020?

Os Jogos de Tóquio já são a nossa realidade e o Mundial de atletismo neste ano vai nos mostrar o caminho. Nossa meta é ir tão bem nos Jogos Olímpicos. Acho que o desempenho de 2018 nos deu esperança de sairmos muito bem.

Estadão
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