O lateral esquerdo Douglas Santos foi a principal revelação do Náutico no Brasileiro 2012. O jogador fez boas apresentações, foi chamado duas vezes para a Seleção Brasileira Sub-20 e barrou o experiente Lúcio. Sem rivalidade com o atleta que disputava a posição, Douglinhas, como é conhecido o jogador, agradeceu ao atleta veterano, que fez fama no Palmeiras e Grêmio. O jovem lateral afirmou que mesmo depois do ex-companheiro se envolver em polêmica com o treinador Alexandre Gallo, e sair do elenco alvirrubro, continua a conversar com o ala.
Em entrevista ao Terra, Douglas Santos fala também sobre a rejeição no Corinthians e o "peneirão" que lhe levou a entrar no Náutico, no início deste ano. O jogador ressalta a importância do seu empresário para sua entrada no clube alvirrubro. Por coincidência, Alexandre Gallo ameaça entrar com processo contra Lúcio justamente por afirmações do jogador que dão a entender que ele favorece alguns atletas no elenco, por conta de relações financeiras.
Sem entrar em polêmicas, Douglinhas curte o momento. Afinal, até pouco tempo ele não sonhava em participar da Série A e agora já marcou seu primeiro gol no Brasileiro, deu assistência na Seleção e ganhou até troféu pelo Brasil. Ele espera agora conseguir a vaga na Sul-Americana, maior objetivo do Náutico nas últimas duas rodadas, já que os alvirrubros garantem que não estão nem pensando em rebaixamento. E também a convocação para o Sul-Americano Sub-20, que já acontece na próxima segunda-feira.
Confira na íntegra a entrevista com o lateral Douglas Santos:
Terra: Como foi a lesão que quase impediu sua carreira. O que aconteceu e quando? Você temeu o futuro no futebol?
Douglas Santos:
Eu estava na minha cidade João Pessoa, jogando futsal pela minha escola. Em um lance ocasional do Campeonato Paraibano, uma travada, infelizmente tive uma fratura no fêmur. Mas quando eu estava machucado em casa tinham amigos meus que iam lá, perguntavam se eu ainda ia continuar a jogar futebol. Ficava uma interrogação na minha cabeça. Mas isso me deu força. Passei um ano e um mês sem treinar. E no começo da lesão eu pensei sim em desistir, foi quando eu estava sem andar, dois meses de cama, mas graças a Deus deu tudo certo.
Terra: E na sua passagem pelo Corinthians, por que te recusaram?
Douglinhas:
Fui pra lá através do pai de um amigo meu que jogava comigo, ele tinha conhecimento e me levou pra fazer um teste. Passei duas semanas lá, fiz o meu trabalho bem, que eu vi que trabalhei bem, mas ai acontece porque no mundo do futebol tem de ter empresário para conseguir alguma coisa. E eu não tive, mas graças a Deus deu tudo certo e estou aqui no Náutico
Terra: Como e quando o Náutico te acolheu?
Douglinhas:
O responsável foi meu empresário mesmo, Roberto Dantas, que apostou em mim, porque quando eu cheguei era "peneirão", mas eu consegui passar no teste. E cheguei no profissional através do professor Waldemar Lemos e do (ex-atacante e auxiliar técnico) Kuki. Está dando certo.
Terra: Entre tantas dificuldades, que sensação te dá esse ótimo Campeonato Brasileiro?
Douglinhas:
Nem pensei que eu ia jogar o Brasileiro quando cheguei aqui no início do ano. Mas quem trabalha, Deus ajuda. Eu comecei a jogar, primeiro jogo foi contra a Ponte Preta, entrei no segundo tempo como volante e dai fui ganhando confiança. O professor Gallo foi me dando oportunidades, consegui trabalhar bem e é um sonho realizado para mim. Por que a Série A é uma coisa muito importante para qualquer jogador.
Terra: Em suas entrevistas você sempre destacou a importância de Lúcio para você ganhar confiança. Depois da saída dele, quem são os jogadores que lhe dão força e te aconselham aqui no Náutico?
Douglinhas:
Até o Lúcio mesmo, eu ainda converso com ele. Ele sempre fala a mesma coisa que sempre falou pra mim, para tocar a bola no começo do jogo. Procurar sempre começar bem, para ter mais confiança no jogo e me mandar mais pra frente para ajudar nosso time a vencer. E tem Martinez que sempre conversa comigo, Elicarlos, até o próprio João Paulo sempre me dá força também.
Terra: E em relação a Seleção Brasileira Sub-20, como foram as suas passagens e qual a expectativa agora?
Douglinhas:
A passagem foi boa. A última vez foram dois jogos contra o Paraguai, lá no Paraguai. Joguei nos dois jogos, os dois tempos. Tive oportunidade de dar um passe pra gol e conquistar um troféu que é muito importante para minha carreira.
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Mais de 62 mil são-paulinos foram para o Morumbi afim de ver a estreia de Paulo Henrique Ganso e ainda assistiram a vitória por 2 a 1 sobre o Náutico. Luís Fabiano e Rogério Ceni foram os responsáveis pela virada e festa tricolor
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Em jogo marcado pela expectativa da estreia de Paulo Henrique Ganso, o São Paulo recebeu o Náutico pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Quase 60 mil pessoas foram ao Morumbi e fizeram o São Paulo ter o maior público do campeonato até agora
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Desde o começo da tarde os torcedores já chegaram ao Morumbi, sendo que o jogo começou às 17h (de Brasília)
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Torcida preparou uma bonita festa para dar boas-vindas a Paulo Henrique Ganso
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Ainda em busca da melhor forma física, Ganso começou o jogo no banco de reservas
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Como não poderia deixar de ser, mesmo na reserva Ganso foi o jogador mais procurado do São Paulo para entrevistas
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Mesmo revelado pelo rival Santos, Ganso mostrou que foi bem recebido pela torcida são-paulina, inclusive as crianças
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Quando a bola rolou, Lucas foi o mais inspirado do São Paulo, já que acertou dois chutes perigosos e assustou o goleiro Felipe
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Felipe, ex-Santos, foi o goleiro do Náutico no jogo e teve pouco trabalho no primeiro tempo
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Apesar da empolgação da torcida, a partida teve poucas emoções no Morumbi
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Enquanto o São Paulo jogou com seu uniforme tradicional, o Náutico entrou de azul claro para a partida no Morumbi
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Luís Fabiano foi bem marcado pela defesa do Náutico no primeiro tempo
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Válvula de escape do São Paulo pela esquerda, Osvaldo não conseguiu ajudar na criação de jogadas de ataque
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O São Paulo não conseguiu empolgar a torcida durante todo o primeiro tempo, mas mesmo assim os são-paulinos cantaram bastante no Morumbi
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Preocupado em se defender, o Náutico deu pouco trabalho para a defesa do São Paulo
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Wellington disputa com Alemão, que fez o pênalti em Luís Fabiano no segundo tempo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Wellington também se envolveu em lance que acabou deixando Alemão machucado por alguns minutos
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Lucas atuou durante os 90 minutos e deu trabalho para a defesa do Náutico até o fim
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Com 8min de jogo, antes do gol de empate, Ney Franco tirou Ganso do banco de reservas e o chamou para conversar
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Logo na sequência, saiu o gol de Luís Fabiano, que cabeceou após cruzamento de Osvaldo
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Aos 11min, Ganso entrou em campo no lugar de Jadson e fez sua estreia pelo São Paulo
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Luís Fabiano comemora pênalti marcado para o São Paulo
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Após pênalti marcado por falta de Alemão em Luís Fabiano, Rogério Ceni foi para a cobrança
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Felipe tentou desconcentrar Ceni antes da cobrança
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Também houve tempo para uma comemoração mais solitária de Rogério
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Ganso se recupera de lesão e mostrou sinais de cansaço, mesmo jogando por pouco mais de uma hora
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Ganso tentou acertar o entrosamento com Lucas
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Ganso teve atuação discreta na estreia
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Ganso não chegou a brilhar, mas mostrou bem onde irá se encaixar, provavelmente na posição que hoje é de Jadson
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"Foi uma felicidade muito grande porque o pessoal lotou o estádio para isso (vencer) e a gente pode coroar. A vitória premia o nosso empenho no dia de hoje", analisou Ganso
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Ganso disse ter se sentindo "super bem" fisicamente
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No período em que ficou em campo, Ganso foi o jogador mais acionado, com 27 toques na bola
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Ganso jogou com a camisa número 8 e empolgou a torcida quando tocou na bola
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Após o jogo, Lucas chegou a se emocionar com a vitória
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A torcida do São Paulo se empolgou com a virada e viu o time administrar bem a vitória até o fim do jogo
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Luís Fabiano recebeu cartão amarelo no segundo tempo
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Consolidado como titular do São Paulo, Osvaldo voltou a ser importante neste domingo, já que deu uma assistência
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Ney Franco assumiu o São Paulo no meio do Brasileiro e praticamente já colocou o time na Copa Libertadores do ano que vem
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Já Alexandre Gallo colocou seu time na defesa e deve ter ficado frustrado com a virada sofrida no segundo tempo