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Motociclismo

Viñales fala em tristeza com morte de primo: "Motos nos deram tudo e nos tiraram tudo"

De volta à MotoGP após a morte de Dean Berta Viñales, o piloto da Aprilia disse que vive um turbilhão de emoções e admitiu que pensou se valia a pena sentir competindo

22 out 2021 - 08h54
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Maverick Viñales contou que repensou carreira após morte
Maverick Viñales contou que repensou carreira após morte
Foto: Divulgação/MotoGP / Grande Prêmio

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Maverick Viñales ainda vive sob o impacto da perda do primo Dean Berta Viñales. De volta à MotoGP para o GP do Feito na Itália e da Emilia-Romanha, o espanhol contou que pensou se valia a pena seguir competindo e reforçou que encontrou na esposa e na filha o apoio necessário neste período triste.

Dean Berta morreu no último dia 25 de setembro, aos 15 anos, após um acidente na corrida 1 do Mundial de Supersport 300 em Jerez de la Frontera. O piloto corria na equipe de Angel, pai de Maverick.

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Maverick Viñales ficou de fora do GP das Américas por causa da morte do primo (Foto: Aprilia)

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"Estou em um turbilhão de emoções. É um momento difícil, muito difícil. Especialmente pensando na minha família. Me coloco no lugar de algumas pessoas da minha família e é quando realmente sofro, mas procuro o abrigo da minha mulher e da minha filha para manter a cabeça. Isso é o que realmente me mantém com a vontade de vir aqui e dar tudo", disse Viñales ao serviço de streaming espanhol DAZN.

O 'Top Gun' explicou que o motociclismo faz parte da família Viñales, mas admitiu que a morte de Dean o fez questionar a continuidade no esporte.

"Acho que isso faz parte da nossa vida. Toda a minha família sempre lidou com moto. Infelizmente, o que nos deu tudo, nos tirou tudo", lamentou. "No fim, Dean era nosso primo pequeno, o que todos nós vimos correr. Eu o conheci bebê, estava sempre com ele, na casa dele… Foi difícil, duro, porque, no fim, você se pergunta se vale a pena seguir ali. Mas acho que é um sonho que escolhi ainda pequeno e tenho de conseguir", ponderou.

"Durante esses dias, falei muito comigo mesmo, especialmente no sentido de se vale a pena continuar, especialmente por respeito a minha família", contou.

Apesar do impacto, Viñales não apontou soluções para tentar reduzir o volume de mortes no esporte, especialmente entre jovens. Além de Dean, outros dois garotos perderam a vida em 2021: Jason Dupasquier, no Mundial de Moto3, e Hugo Millán, na Talent Cup Europeia.

"Como fazer alguma coisa? No fim, vão 15 pilotos juntos, porque realmente é muito difícil fazer a diferença. Antes, éramos cinco com a moto oficial e você fazia a diferença. Tinha mesmo grupos diferentes", recordou. "Mas agora as motos são boas, todas as equipes são profissionais, todos os garotos dão tudo… É uma era muito diferente de quando eu comecei a correr na moto. Não sei se ajudaria reduzir o tamanho do grid", ponderou.

Por fim, Viñales assumiu que é difícil voltar a subir na moto, especialmente pela juventude de Dean.

"É difícil, mas não há outra alternativa. Quando você vê de longe, você sente pena pela família, mas quando acontece na sua, você realmente vê como é. Porque todos nós, em algum momento da vida, estamos preparados para perder gente mais velha, mas perder um bebê, porque Dean, no fim, era um bebê, como o nosso bebê, é duro", completou.

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A MotoGP define o grid de largada do GP do Feito na Itália e da Emília-Romanha, em Misano, no sábado (23), às 9h10 (de Brasília). O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2021.

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