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Motociclismo

Suzuki estaciona sem comando de Brivio e faz temporada apagada na MotoGP em 2021

Sem o comandante Davide Brivio, que levou o time ao título da MotoGP em 2020, a Suzuki foi apenas discreta em 2021 e beliscou alguns poucos pódios. E parece perdida em relação ao futuro

25 nov 2021 - 04h15
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Suzuki vai substituir Davide Brivio só em 2022
Suzuki vai substituir Davide Brivio só em 2022
Foto: Suzuki / Grande Prêmio

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Se olharmos a tabela de pontos na MotoGP em 2021, podemos ver que o terceiro lugar foi a posição ideal da Suzuki. Foi assim com Joan Mir no Mundial de Pilotos, enquanto a marca japonesa ocupou o mesmo posto nos campeonatos de Construtores e Equipes. Pode parecer um resultado decente, mas muito abaixo de quem levou duas taças um ano antes.

Ao longo do certame, foram sete pódios da Suzuki, sendo 6 de Joan Mir e um solitário de Álex Rins, em Silverstone. Pouco para quem tinha feito muito mais em 2020, com direito a títulos, ainda mais com a ausência de vitórias. E dá para dizer que o time pouco brigou pela liderança das provas, contentando-se muitas vezes com tímidos e discretos pódios.

Apesar de ter fechado a temporada passada com aquela que era considerada a melhor moto do grid, a GSX-RR não conseguiu dar o mesmo bom passo das rivais. A performance em largadas foi por vezes determinante, bem como a falta de velocidade. Os pilotos da Suzuki ainda conseguiram repetir neste ano as boas provas de recuperação que aconteceram no ano passado, mas de forma bem menos chamativa.

Joan Mir e a Suzuki ficaram longe de vitórias em 2021 (Foto: Suzuki)

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Além de não conseguir fazer frente às forças de Yamaha e Ducati, especialmente, a Suzuki também se viu sem o homem forte da equipe, já que Davide Brivio foi 'roubado' pela Alpine para trabalhar na Fórmula 1, após cinco anos de trabalho. A ideia inicial foi não substituir o italiano, um plano que já mudou para o ano que vem.

Shinichi Sahara, líder do projeto da GSX-RR, até considerou que a marca japonesa melhorou o trabalho, mas reconheceu que os rivais foram superiores ao longo do ano. O japonês ainda reconheceu que a saída de Brivio sobrecarregou a equipe, especialmente pela opção de não ter um substituto para assumir a posição de chefe de equipe, algo que deve mudar para 2022.

"Nós melhoramos, mas nossos oponentes foram ainda melhores. Todos nós fizemos um bom trabalho, mas a saída de Brivio da equipe nos sobrecarregou com trabalho extra, e eu tenho de fazer mais coisas ao mesmo tempo. Por isso, em 2022 a Suzuki terá alguém capaz de assumir o posto dele que ainda está vago", disse Sahara.

"Meu novo papel como chefe de equipe de demais para mim, mas tudo está feito rapidamente com o apoio da equipe, então estou muito satisfeito. Estou tentando fazer uma nova estrutura para o próximo ano, ter um novo chefe de equipe e isso agora está resolvido", completou.

Davide Brivio comandou a Suzuki no título de Joan Mir em 2020, mas vai partir para a Fórmula 1 (Foto: Divulgação/MotoGP)

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Nas últimas semanas, porém, surgiram rumores de que o italiano pode desfazer a troca e voltar ao Mundial de Motovelocidade. O boato movimentou a Suzuki e obrigou dirigentes da equipe a explicarem qualquer tipo de informação que surgia na imprensa.

"Davide ainda é um bom amigo meu. Às vezes, eu falo com ele pelo telefone, até mesmo em fins de semana de corrida. Eu realmente quero que ele tenha sucesso na Fórmula 1 e, no futuro, espero que possamos trabalhar juntos, na mesma equipe, mas, no próximo ano, não será", afirmou Sahara às vésperas da etapa em Valência, que fechou o calendário.

Enquanto isso, a Suzuki já pensa em 2022. Os primeiros testes com motor e chassi da temporada que vem aconteceram em Misano. Depois, em Jerez. E com elogios por parte dos pilotos.

"O chassi está no caminho certo, parece melhor nas freadas, mas ainda possui algumas coisas negativas. Normalmente, quando você ganha algo assim, perde um pouco de agilidade. Logo, vamos ter que trabalhar na moto, no equilíbrio e tudo mais. Mas se conseguirmos frear melhor a moto, também podemos acelerar melhorar", pontuou o espanhol.

Ainda é cedo para dizer, mas a Suzuki parece ter perdido o controle sem Davide Brivio. E viu Ducati e Yamaha ganharem terreno em uma MotoGP cheia de mudanças no grid. Para o próximo ano, alterações devem ser feitas internamente, mas o caminho para o topo do campeonato ainda parece uma missão mais complicada.

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