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Motociclismo

Petrucci dá volta ao mundo por GP da Tailândia e brinca: "Teria cruzado Pacífico a nado"

Italiano prevê um fim de semana difícil em Buriram, mas reconheceu que não podia deixar passar a oportunidade de guiar pela terceira marca diferente no ano. Danilo contou que deve uma viagem de férias ao irmão, porque o fez perder um tour por Nova York por causa da corrida na pista de Chang

29 set 2022 - 09h07
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Danilo Petrucci será o substituto de Joan Mir no GP da Tailândia deste fim de semana
Danilo Petrucci será o substituto de Joan Mir no GP da Tailândia deste fim de semana
Foto: Suzuki / Grande Prêmio

Danilo Petrucci brincou que teria cruzado o Oceano Pacífico a nado para guiar a Suzuki no GP da Tailândia deste fim de semana. O italiano foi convidado pela marca japonesa para substituir o lesionado Joan Mir.

A marca de Hamamatsu já tinha tentado contar com Danilo logo que Mir se machucou, mas o piloto teve de recusar por causa da disputa pelo título do MotoAmerica. Com o fim da temporada, porém, surgiu a oportunidade de guiar a GSX-RR.

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Danilo Petrucci voou dos Estados Unidos para a Tailândia direto da decisão do MotoAmerica
Danilo Petrucci voou dos Estados Unidos para a Tailândia direto da decisão do MotoAmerica
Foto: Suzuki / Grande Prêmio

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"Recebi a ligação antes da corrida de domingo no Alabama, quando ainda estava lutando pelo título!", contou Petrucci. "Então respondi: 'Me deixa pensar'", contou.

O italiano, contudo, não tinha muito tempo para considerar. Logo após finalizar o campeonato nos Estados Unidos na segunda colocação, atrás de Jake Gagne, Danilo aceitou o desafio de defender uma terceira marca em 2022: KTM no Rali Dakar, Ducati no MotoAmerica e agora Suzuki na MotoGP.

"Depois da corrida, voltei para os boxes às 18h e meu agente me disse: 'Precisamos decidir agora, porque não dá tempo de ir para a Tailândia dos Estados Unidos'. E eu disse: 'Ok, vamos'", relatou. "A partir daquele momento, foi como me colocar em uma máquina de lavar. Estava com o meu irmão nos Estados Unidos e ele ia sair de férias em Nova York. Então eu disse: 'Não, você vai para a Itália, porque você precisa esperar pelo [macacão da] Suzuki'. Agora ele está vindo para a Tailândia, então estou devendo férias para o meu irmão e a namorada dele!", brincou.

"Saí do hotel no Alabama às 6h da manhã de segunda-feira e acabei de chegar aqui. Voei pelo Pacífico, então dei uma volta completa pelo mundo, começando pela Itália! Simplesmente não posso explicar como estou emocionado", comentou. "Nem mesmo uma história de Alfred Hitchcock poderia me imaginar correndo no Dakar com a KTM, aí indo para os Estados Unidos com a Ducati e agora aqui com a Suzuki. Ninguém nunca fez isso. Então estou feliz", ressaltou.

"Este é um dos maiores presentes que já recebi na vida. Todas essas fábricas, da KTM, a Ducati, a Suzuki foram tão boas comigo. Estou muito feliz por ter uma boa relação com todas essas pessoas no paddock. Fora das conquistas esportivas, é a melhor coisa que já conquistei", declarou.

"Fiquei muito feliz em apertar as mãos de todo mundo enquanto cruzava o paddock hoje. É algo que me deixa orgulhoso. Não podia recusar essa oferta. Quer dizer, eu teria cruzado o Pacífico a nado para pilotar essa moto!", disse.

Buriram tem enfrentado dias de chuva por causa da tempestade tropical Noru, e a previsão para os próximos dias não é de melhora no clima. Danilo, porém, não está na torcida por sol.

"Eu espero que chova para sempre! Ou, pelo menos, até as 16h de domingo", brincou o italiano, que conquistou a segunda vitória da carreira na MotoGP na chuva, no GP da França de 2020. "Estou aposentado agora e a corrida da Tailândia é dura [com o calor] quando eu estava completamente em forma. Agora eu sou um cara velho, será ainda mais difícil! Então espero, sinceramente, que a chuva me ajude um pouco", assumiu.

"Pelo menos, isso vai deixar a corrida menos física e também porque tudo [na moto] fica mais suave, mais fácil. Só quero curtir e terminar a corrida. Acho que é muito difícil terminar em uma posição que não seja a última, mas vamos ver", falou Danilo. "Talvez a moto seja tão, tão boa, que eu imediatamente pegue o jeito e possa pelo menos ficar perto dos outros caras. Só quero dar o melhor de mim. Não me importo com o resultado. Mesmo que, como sempre, eu queira ser rápido", continuou.

"Eu disse a mesma coisa quando fui para o Dakar e não estava esperando vencer um estágio. Então o meu plano era só curtir e a meta desta semana é a mesma", garantiu. "Com certeza, vai ser duro, também porque os caras estão no fim do campeonato e estão muito acostumados com as motos deles", avaliou.

Longe da MotoGP desde o fim do campeonato passado, Petrucci destacou que tem muito a aprender para o GP da Tailândia, já que no momento em que conversou com os jornalistas, sequer tinha tido a chance de sentar na GSX-RR da Suzuki.

"Ainda não tive a chance de sentar na moto, mas eles me mostraram [os controles] e todos os dispositivos estão em posições diferentes [das minhas motos anteriores] e não podemos fazer mudanças", contou. "Normalmente, tenho o freio no polegar e aqui e o dispositivo no polegar aciona o dispositivo que regula a altura da moto, então é bem perigoso se eu acionar o botão dentro da curva como se fosse o freio. Então terei de dar um jeito no meu dedo e não tocar naquilo", apontou.

Danilo destacou, também, que terá de adaptar o estilo de pilotagem, já que só teve uma experiência na carreira com motos de motor de quatro cilindros em linha, já que sempre guiou os V4.

"Sempre pilotei com os V4 e essa é um quatro em linha. Só guiei um quatro em linha em 2013, com a Ioda e a Suter BMW. Mas era uma outra era", indicou. "A moto, tudo, a posição, é muito diferente. Nós demos uma olhada nos dados, mas tudo é muito diferente no momento. Preciso primeiro testar a moto e entender, também porque normalmente, com o meu tamanho, sempre preciso de algo diferente no acerto e tudo mais. Então preciso primeiro pilotar a moto e entender tudo. Mas estou simplesmente feliz de estar aqui e amanhã vou tentar entender o quão difícil será", concluiu.

O GP da Tailândia, 17ª etapa da temporada 2022 da MotoGP, está marcado para o próximo domingo (2), com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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