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Motociclismo

MotoGP muda regra e autoriza campeão europeu a estrear na Moto2 aos 17 em 2023

Às vésperas de uma mudança na idade mínima de todas as categorias do Mundial de Motovelocidade, a Comissão de GP anunciou nesta quarta-feira (6) uma série de mudanças que incluem uma exceção ao vencedor do Campeonato Europeu de Moto2. As regras já preveem privilégios para os vencedores do Mundial Júnior de Moto3 e da Red Bull Rookies Cup para acesso à classe de entrada

6 jul 2022 - 08h58
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Campeão do Europeu de Moto2 poderá chegar ao Mundial de Moto2 aos 17 anos
Campeão do Europeu de Moto2 poderá chegar ao Mundial de Moto2 aos 17 anos
Foto: Ajo / Grande Prêmio

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A Comissão de GP anunciou nesta quarta-feira (6) mais uma exceção à regra que vai aumentar a idade mínima dos pilotos do Mundial de Motovelocidade. A partir de 2023, todas as categorias do campeonato máximo da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) vão exigir que os competidores tenham 18 anos, mas o campeão do Europeu de Moto2 poderá estrear na classe intermediária aos 17.

No fim do ano passado, na esteira das mortes de Jason Dupasquier, na Moto3, Hugo Millán, na Talent Cup Europeia, e Dean Berta Viñales, no Mundial de Supersport 300, a entidade comandada pelo português Jorge Viegas decidiu promover mudanças e exigir um mínimo de 18 anos também para os Mundiais de Moto3 e Moto2 — na MotoGP, este já era o requisito.

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Idade mínima de 18 anos passará a valer a partir de 2023 (Foto: Ajo)

CLASSIFICAÇÃO DA MOTOGP

Desde o início, porém, estavam previstas exceções, mas apenas para a classe de entrada. Os vencedores do Mundial Júnior de Moto3 ou da Red Bull Rookies Cup poderão competir no Mundial de Moto3 com 16 anos em 2023 ou com o mínimo de 17 em 2024.

Agora, porém, a Comissão composta por Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, promotora do Mundial; Paul Duparc, da FIM; Hervé Poncharal, presidente da IRTA (Associação Internacional das Equipes de Corrida); e Biense Bierma, da MSMA (Associação das Fábricas de Motocicletas Esportivas), na presença de Carlos Ezpeleta, também da empresa espanhola; Mike Trimby, da IRTA; e Corrado Cecchinelli, diretor de tecnologia da MotoGP, decidiu aplicar uma exceção também na divisão intermediária.

Para o próximo ano, o vencedor do Campeonato Europeu de Moto2 poderá estrear no Mundial de Moto2 com 17 anos.

Vale lembrar, contudo, que o regulamento prevê uma "transição suave", assegurando que aqueles que chegaram ao Mundial de Moto3 em 2022 aos 16 anos, como é o caso de David Muñoz, possam seguir competindo ano que vem mesmo sem ter os exigidos 18 anos.

A Comissão de GP também aprovou mudanças imediatas no regulamento técnico de Moto3 e Moto2. De acordo com o grupo, as equipes da Moto3 passaram a usar manoplas alongadas para permitir que os pilotos deslizem as mãos em direção ao garfo para produzirem um efeito aerodinâmico nas retas, uma prática considerada "extremamente perigosa, por causa do fato de que o piloto tem menos controle da moto nesta posição". Assim, a partir de agora, o comprimento total máximo permitido das manoplas de Moto3 e Moto2 será de 130 mm.

Além disso, a Comissão de GP também aprovou mudanças no regulamento esportivo para 2023, incluindo restrições de testes para Moto3 e Moto2. De acordo com o grupo, eles receberam "pedidos de equipes para reduzir o número de dias de testes privados permitidos, principalmente devido ao aumento do número de eventos no calendário".

Por isso, a partir de 2023, os testes estarão restritos a:

  • uma bateria de três dias antes do início da temporada (não muda);
  • quatro dias adicionais de testes privados (o limite atual é de sete dias).

O grupo, porém, não limitou testes com estreantes no período que compreende a última corrida do ano e o dia 30 de novembro. Além disso, a Comissão de GP aplicou um sistema de concessões semelhante ao da MotoGP na Moto2 para permitir testes de construtoras de chassi que não somaram mais de seis pontos de concessão nos dois anos anteriores. "Essas equipes serão classificadas como 'equipes de concessão'", explicou.

Como acontece na MotoGP, os pontos de concessão serão distribuídos baseados nos resultados:

  • Vitória = três pontos de concessão
  • Segundo lugar = dois pontos de concessão
  • Terceiro lugar = um ponto de concessão

As equipes beneficiadas pelas concessões poderão realizar:

  • três dias de testes oficiais antes do início da temporada
  • sete dias adicionais de testes privados.

A partir do próximo ano, o pacote de chassi da Moto3 também sofreu uma alteração de preço. O pacote completo, com apenas motor, ECU/Datalogger, transponder e receptor de dados do organizador será limitado a € 87 mil [cerca de R$ 481,4 mil]. O preço atual é de € 85 mil [aproximadamente R$ 470,3 mil].

As equipes que quiserem transferir as máquinas de 2022 para 2023 podem adquirir um kit de detecção de falhas e atualizações (IMU unificado + módulo de potência unificado + chicote) por € 2 mil [por volta de R$ 11 mil] (excluindo imposto).

A última decisão comunicada pela Comissão de GP diz respeito aos dispositivos de ajuste de altura das motos. Hoje populares — e polêmicos — na MotoGP, esses recursos já eram proibidos em Moto3 e Moto2 quando as motos estavam em movimento, mas agora estão banidos também na largada.

A MotoGP agora entra em férias e volta à ativa apenas no dia 7 de agosto, com o GP da Grã-Bretanha, em Silverstone. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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