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Motociclismo

Morreu e foi substituída? Como Yamaha perde desempenho fácil e fracassa em Aragão

Após dominar todas atividades do fim de semana no MotorLand e ficar com três das quatro primeiras posições do grid de largada, a Yamaha sumiu na corrida por problemas nos pneus, mas mais pareceu o caso de Avril Lavigne: outra pessoa tomou seu lugar

21 out 2020 - 04h47
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Fabio Quartararo ficou fora dos pontos e perdeu a liderança de 2020
Fabio Quartararo ficou fora dos pontos e perdeu a liderança de 2020
Foto: SRT / Grande Prêmio

A Yamaha foi do céu ao inferno no fim de semana do GP de Aragão. A fábrica de Iwata tratou de ter início promissor e comandou todas as atividades até a classificação, mas chegada a hora do vamos ver, a corrida, sumiu e não foi nem sombra da competitividade que aparentava apresentar. Um fracasso colossal.

Antes de começar o texto, uma pequena história: desde os primórdios da internet existe a lenda de que Avril Lavigne morreu e foi substituída após o lançamento de seu primeiro CD, Let Go e, portanto, houve súbita mudança de sua aparência e estilo musical nos trabalhos seguintes. Então, quando algo ou alguém tem uma diferença notável, diz que está simulando a cantora canadense - e foi o que aconteceu com a marca japonesa no fim de semana.

Desde o primeiro dia de treinos no circuito de Alcañiz o time nipônico tratou de colocar as asinhas de fora. Dos quatro ensaios, ponteou todos - dois com Maverick Viñales e dois com Franco Morbidelli. Na classificação, nem mesmo o forte acidente que Fabio Quartararo sofreu no TL3 o impediu de assegurar a décima pole-postion na MotoGP. Os demais pilotos alinharam em segundo e quarto - Valentino Rossi não disputou o fim de semana por ter testado positivo para Covid-19 e também fica fora do GP de Teruel.

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Foto: Grande Prêmio

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E a participação parece ter acabado ali mesmo. Depois de a largada ter sido autorizada, o espanhol da Yamaha chegou a se colocar na primeira colocação nos giros iniciais. Mas bastou mais algumas voltas para todas as M1 perderem ritmo e competitividade, perdendo importantes posições especialmente na briga pelo título.

No fim, o melhor colocado do time foi o espanhol de Figueres, que cruzou a linha de chegada na quarta colocação e, portanto, fora do pódio. Morbidelli recebeu a bandeira quadriculada em sexto, enquanto Quartararo foi quem teve o maior revés do domingo: largando do primeiro posto, fechou apenas em 18º e fora da zona de pontos. Não bastasse, ainda perdeu a liderança para Joan Mir.

Um dos principais motivos para a queda repentina foi problemas com os pneus. As primeiras atividades sempre aconteceram com temperaturas baixas, enquanto a corrida teve condições diferentes, mais quentes. Portanto, foi preciso fazer uma aposta diferente nas borrachas, que se mostrou bastante errada e que fez os pilotos, sobretudo 'El Diablo', sofrerem. O francês apostou no composto médio pela primeira vez no final de semana e a ousadia cobrou seu preço.

Viñales foi a melhor Yamaha em Aragão: quarto
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Foto: Yamaha / Grande Prêmio

"Estávamos em boa forma para um bom resultado, mas a pressão dianteira ficou fora de controle. O pneu ficou descontrolado e não sabemos o motivo. Para mim, a escolha foi certa, pois as primeiras três voltas foram perfeitas, mas depois disso a pressão já estava acima do normal. Não conseguia frear, virar, nada", explicou.

Viñales é outro que tem consciência dos problemas do time e afirmou que "entendemos que não vamos tornar mais fortes os nossos pontos fracos, mas podemos reforçar nossos pontos fortes. Então vamos trabalhar na linha que a Yamaha gosta e ver se nas próximas corridas podemos começar na ponta mais uma vez, forçar e ter um ritmo mais forte".

Com corrida opaca e com a competitividade caindo a cada volta, não é difícil acreditar que a equipe de Iwata sofreu o mesmo mal de Avril Lavigne e que foi substituída na prova. Agora, na segunda corrida no MotorLand, o GP de Teruel, resta saber se o time nipônico vai ser a versão original ou apenas Melissa Vandella, a sósia da última semana.

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