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Motociclismo

Marc Márquez volta mais ou menos, mas prova na Alemanha que campeão ainda está lá

Depois de nove meses afastado por causa da fratura que sofreu na abertura da temporada 2020, o hexacampeão voltou à ativa no GP de Portugal, mas ainda longe da melhor forma. Ainda assim, o espanhol conseguiu mostrar em Sachsenring que o campeão segue vivo, mas limitado por questões físicas e técnicas da Honda

26 jul 2021 - 05h02
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Moto mais parceira vai facilitar vida de Marc Márquez na MotoGP
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Foto: Repsol / Grande Prêmio

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Marc Márquez voltou mais ou menos na primeira metade da temporada 2021 da MotoGP. Depois de nove meses distante do Mundial de Motovelocidade por causa da fratura que sofreu no braço direito no início do campeonato passado, o espanhol voltou à ativa em meados de abril, no GP de Portugal, mas, na maioria das corridas, esteve distante do potencial que sempre demonstrou.

A lesão sofrida em Jerez em 2020 foi complicada por uma série de decisões erradas. Uma desastrosa tentativa de antecipar o retorno acabou resultando em três cirurgias e uma infecção no segundo procedimento retardou ainda mais o processo de recuperação.

Marc Márquez ganhou carinho com vitória na Alemanha, mas ainda tenta voltar a ser ele mesmo (Foto: Red Bull Content Pool)

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No retorno, além da esperada falta de condicionamento no braço direito, uma lesão antiga voltou a atormentar, o que manteve Marc distante do potencial de sempre. Nas sete corridas que disputou na primeira fase do campeonato, o piloto da moto #93 somou em média 7,14 pontos por GP, algo que é muito distante do normal dele.

Chefe da Honda, Alberto Puig afirmou recentemente que Marc tem corrido com um braço e meio, mas a dificuldade não foi suficiente para impedir a manutenção da hegemonia na Alemanha. Fã de pistas anti-horárias, o mais velho dos Márquez não deixou passar a chance de vencer e somou em uma única oportunidade metade dos pontos que acumula ao longo de toda a temporada.

Além de ser um carinho para Márquez, que precisava voltar a se sentir como um piloto de verdade, o triunfo em Sachsenring é também uma comprovação de que a condição física tem sido um limitador considerável para o espanhol. Em um traçado com mais curvas para o lado mais em forma do corpo, Marc compensou tudo que faltava.

As cinco semanas de férias caíram bem para todos os pilotos, mas Marc é um dos que mais vai se beneficiar. Além de ter um tempo de descanso, é mais uma chance para recuperar a forma física e tentar, enfim, voltar inteiro para a MotoGP.

Quando estiver pleno e 100%, o irmão de Álex poderá fazer o que sempre fez: compensar toda e qualquer deficiência da RC213V. Só que, desta vez, os pontos fracos da Honda estão mais do que visíveis.

Durante muito tempo, a Honda aproveitou a qualidade ímpar do filho de Roser e Julià para vencer e dominar a classe rainha, mas, com ele fora de combate, ficou evidente que a moto tem problemas que precisam de solução. O desempenho de todos os outros pilotos é um sinal claro disso.

Marc consegue compensar no braço e no talento as fraquezas da moto, mas foi fazendo isso que ele se machucou. O #93 roda sempre acima do limite, pois precisa. Com uma moto mais parceira, o espanhol vai conseguir resultado com menos risco. Ganha a Honda e ganha Márquez.

A expectativa é de que o dono de oito títulos no Mundial de Motovelocidade possa ter uma segunda metade de temporada melhor, mas, salvo alguma hecatombe com os protagonistas da primeira parte da disputa, o sétimo título da classe de elite não vai chegar ainda em 2021. Já são 106 pontos de atraso para Fabio Quartararo, o líder da disputa. Restam ainda 225 pontos em jogo ― considerando a composição atual do calendário e sem contar o GP da Argentina, cuja data ainda não está tão bem definida ―, mas é difícil imaginar que o francês da Yamaha vai perder completamente a linha na parte final da disputa.

Ainda assim, Márquez pode ter papel decisivo no campeonato, uma vez que, se voltar a ser forte como antes, poderá roubar pontos aqui e ali e alterar o rumo da competição.

Brigando pelo título ou não, o protagonismo de Márquez é incontestável. E, cedo ou tarde, é para esta posição que ele vai voltar.

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