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Motociclismo

Marc Márquez se faz presente e aumenta pressão na Honda. E pode até impactar pilotos

Mesmo sem subir na moto no Red Bull Ring, presença do hexacampeão da MotoGP pode ter um efeito positivo na montadora da asa dourada. Além de aumentar a cobrança nos engenheiros, o espanhol pode dar pitacos que afetem positivamente a performance dos demais pilotos da marca

15 ago 2022 - 04h30
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Mesmo perdendo muitas provas, Marc Márquez ainda é o melhor colocado entre os pilotos da Honda
Mesmo perdendo muitas provas, Marc Márquez ainda é o melhor colocado entre os pilotos da Honda
Foto: Divulgação/MotoGP / Grande Prêmio

POLE MARCA DIOGO MOREIRA NA HISTÓRIA DO MOTOCICLISMO BRASILEIRO

Não é segredo que a Honda não vai bem na temporada 2022 da MotoGP. E, tal qual as coisas estão hoje, desnecessário dizer que toda ajuda é bem-vinda. Para quem tem Marc Márquez na folha de pagamento, parece óbvio de onde pode vir o resgate, já que a própria tabela de classificação do campeonato é uma mostra do que o #93 é capaz de fazer mesmo longe da melhor forma.

Só que Marc não pode subir na moto. Ao menos desta vez, a saúde está sendo tratada como deveria: como prioridade. Depois de quatro cirurgias, a recuperação do braço direito — aquele que foi fraturado na abertura da temporada 2020 — está sendo encarada passo a passo e, na perspectiva mais otimista, o retorno às corridas só deve acontecer no fim da temporada, nos GPs da Malásia ou da Comunidade Valenciana.

LADO A LADO

Marc Márquez vai aparecer na Áustria para dar uma pressionadinha na Honda (Foto: Honda)

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Isso não significa, porém, que Marc precisa ficar completamente apartado da equipe. Pelo contrário. O espanhol confirmou que estará no Red Bull Ring no próximo fim de semana para participar de reuniões com os engenheiros, pois, diferente do que aconteceu da outra vez em que ficou sob os cuidados do departamento médico, Marc quer manter contato próximo, acompanhando passo a passo do que acontece com a RC213V.

É por isso que, além de manter contato com Santi Hernández, o chefe da equipe, ele também tem se mantido próximo de Stefan Bradl, o piloto de testes que tem atuado como substituto. O alemão é quem está na moto e quem melhor pode oferecer informações do que está acontecendo com ela.

Além disso, nas palavras de Márquez, "eles sabem como eu piloto". Ou seja, os dois sabem o que ele espera da moto. E sabem dizer o que ele vai ou não encontrar no protótipo quando voltar à MotoGP.

Mas se fazer presente é importante. Márquez, lesionado ou não, ainda é um dos melhores do mundo. Ele tem uma estante enorme de troféus e um currículo invejável para atestar isso. E ele é, indiscutivelmente, o melhor piloto da Honda. Se os outros não conseguem se fazer ouvir, é a voz dele que precisa estar ali.

Em uma entrevista ao streaming espanhol DAZN, Márquez já lançou um dardo à Honda: "Precisamos de ajuda vinda do Japão". Dias atrás, Pol Espargaró afirmou que a marca da asa dourada parece não estar preocupada com a crise que colocou a gigante na lanterna do Mundial de Construtores.

Marc falou, também, em evitar que as informações se percam entre a equipe que trabalha na Europa, diretamente na MotoGP, e quem está no Japão, desenvolvendo a moto. Este é um cuidado que ele está tendo. Pressionar quem pode resolver o problema. Ver e ser visto.

Mas tem um outro ponto também. 2022 mostrou que veteranos tem efeito ainda que de longe. No GP da Grã-Bretanha, Francesco Bagnaia creditou a vitória a Valentino Rossi e Casey Stoner, dois campeões que sequer estiveram em Silverstone. Mas foi a eles que Pecco recorreu quando se viu pouco competitivo.

Enquanto estiver no Red Bull Ring, Marc pode observar e ajudar os colegas de marca a encontrarem alguma coisa para extrair uma gotinha de competitividade que seja na RC213V. Na situação atual, um mililitro já seria útil. Sozinho ele não vai fazer o milagre que a Honda precisa, mas pode ter um efeito positivo nos demais.

O maior impacto, porém, será mesmo na equipe técnica. É ali que precisa estar a pressão. A Honda se acostumou a ter o melhor piloto do mundo e a depender dele para resolver os problemas. Então agora chegou a vez dele aparecer e pedir a ela que resolve as falhas para que ele possa simplesmente curtir a moto quando voltar a trabalhar. Márquez já viveu martírio o suficiente nos últimos dois anos. Se a cirurgia funcionou, 2023 é o ano da redenção. E a Honda precisa estar a altura para prover isso.

A MotoGP volta às pistas no dia 21 de agosto, com o GP da Áustria, no Red Bull Ring. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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