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Motociclismo

Bastianini usa bandeira vermelha, dispara na ponta e vence na Moto2 na Emília-Romanha

O italiano da VR46 teve relargada positiva e cruzou a linha de chegada com 0s720 de vantagem. Marco Bezzecchi e Sam Lowes completaram o pódio

20 set 2020 - 08h31
(atualizado às 09h10)
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Bastianini venceu a terceira da temporada
Bastianini venceu a terceira da temporada
Foto: Reprodução / Grande Prêmio

Enea Bastianini se desprendeu do pelotão para garantir a vitória do GP da Emília-Romanha e da Riviera de Rimini da Moto2. Neste domingo (20), o italiano fez boa relargada após a bandeira vermelha, tratou de abrir confortável vantagem na liderança de uma corrida mais curta para triunfar pela terceira vez e se tornar o competidor que mais ganhou em 2020.

Xavi Vierge se mostrou grande ameaça ao piloto da Italtrans em ambas as largadas no Circuito Marco Simoncelli. Entretanto, o espanhol não conseguiu segurar a pressão do adversário e depois de ultrapassado, não recuperou mais a ponta e abandonou a prova após um incidente com o companheiro de equipe.

O italiano terminou 0s720 à frente do pelotão
O italiano terminou 0s720 à frente do pelotão
Foto: Reprodução / Grande Prêmio

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Marco Bezzecchi aproveitou a situação para tomar a segunda colocação e sair de Misano com dois top-3, um no GP de San Marino da última semana. Após crescer na parte final da corrida, Sam Lowes terminou em terceiro, o segundo pódio do campeonato.

Atual líder da classificação, Luca Marini chegou a rodar na ponta, mas perdeu terreno e recebeu a bandeira quadriculada na quarta colocação, com Marcel Schrötter, Jake Dixon, Jorge Navarro, Fabio Di Giannantonio, Tom Lüthi e Nicolò Bulega na sequência.

Com o resultado, a liderança de Marini no Mundial de Pilotos caiu para apenas cinco pontos em relação a Bastianini. Bezzecchi, o terceiro colocado, também cortou a desvantagem para 20 tentos.

Saiba como foi o GP da Emília-Romanha e da Riviera de Rimini de Moto2:

Diferente dos outros dias, o domingo amanheceu mais nublado na Riviera de Rimini, mas a Moto2 encontrou condições estáveis para esta oitava etapa do campeonato. Antes da largada, a temperatura estava na casa dos 26°C, com o asfalto chegando aos 35°C. A velocidade do vento era de 6 km/h.

Quando as luzes se apagaram, Marini saiu bem, mas viu Vierge tomar a linha de dentro para mergulhar primeiro na curva 1. O italiano da VR46 fez uma primeira tentativa de recuperar a ponta na curva 8, mas o rival da SRT conseguiu manter a posição.

Sem conseguir tomar a ponta de Vierge, Marini perdeu a segunda colocação para Bastianini, mas foi rápido em reagir ao ataque e deixou o rival da Italtrans para resistir à pressão de Bezzecchi. Depois de uma primeira tentativa frustrada, Marco voltou ao terceiro posto.

Marini, então, tratou de cortar a diferença de Vierge para voltar a pressionar pela ponta. O pelotão, contudo, seguia bastante junto, com pelo menos dez pilotos formando o primeiro grupo.

Nas primeiras voltas, Joe Roberts sofreu uma forte queda ao ser ejetado da moto na curva 10. O piloto precisou ser removido da pista de maca.

Enquanto isso, Bastianini voltou ao ataque e reassumiu a terceira posição, com Schrötter passando Dixon para subir para quinto.

Ainda no início da disputa, os fiscais começaram a exibir bandeiras de chuva para alertar os pilotos sobre a mudança climática.

Na volta 6, Marini atacou Vierge, mas não conseguiu assumir a ponta, pois Bastianini veio por fora para se colocar na primeira posição. Xavi caiu para terceiro, seguido por Bezzecchi e Di Giannantonio.

Instantes depois, ainda na sétima volta, a corrida foi interrompida em bandeira vermelha, pois a chuva tinha aumentado consideravelmente. Diferente da MotoGP, os pilotos não contam com motos reserva nas classes menores e, por isso, precisam parar para trocar para pneus apropriados para a ocasião em caso de necessidade.

Depois de uma interrupção, os pilotos voltaram para o grid com os slicks para mais dez voltas, com as posições definidas pelo resultado da volta 6. A chuva, porém, continuava e, tão logo partiram para a volta de aquecimento, os pilotos começaram a sinalizar a chuva, o que causou um novo adiamento da largada.

O carro de segurança voltou a rodar, avaliando as condições do asfalto, que foi recém-recapeado. A situação melhorou e, com a pista mais seca, os competidores voltaram a alinhar. De novo com slicks.

Na ponta do grid, Bastianini saiu bem, mas Marini pegou o caminho de fora para entrar na curva 1 em primeiro. Na sequência, o ataque da concorrência na curva 4 custou caro para Luca, que caiu para quinto, atrás de Bastianini, Vierge, Schrötter e Navarro, que ganharam muitas posições na volta 1.

Bastianini, então, apertou o passo e abriu 0s5 de margem para Vierge, uma diferença que beirou 1s ao fim da volta 2. Mais atrás, Marini ainda não tinha tentado atacar Navarro.

Na volta 3, Luca, enfim, conseguiu deixar o espanhol da Speed Up para trás, mas ainda tinha de chegar em Schrötter, que vinha disputando o segundo lugar com Vierge.

Bezzecchi, então, começou a escalar e tomou a quarta colocação de Marini. Cauteloso, o irmão de Valentino Rossi viu a situação piorar ainda mais, já que Sam Lowes também o deixou para trás, com Navarro antenado para tentar aproveitar a disputa.

Na metade desta reiniciada corrida, Bastianini seguia confortável na ponta, mais de 1s7 à frente de Vierge, que ainda tinha Schrötter colado atrás. Bezzecchi, porém, vinha incendiado e logo aproveitou uma escapadela dos parceiros de IntactGP para assumir o segundo posto.

A briga interna, aliás, piorou na sequência, já que um toque lançou Vierge para o chão na curva 9. Lowes também aproveitou o momento e passou Marcel, que, pouco depois, também foi superado por Marini.

Vierge levou a pior no contato com Schrötter
Vierge levou a pior no contato com Schrötter
Foto: Reprodução / Grande Prêmio

Com um ritmo forte, Bezzecchi começou a caçar Bastianini, derrubando rapidamente a diferença. Lowes também vinha embalado, chegando mais e mais no piloto da VR46.

Enea, contudo, conseguiu controlar a situação e entrou na volta final com 0s5 de margem para Bezzecchi, se afastando um pouco mais antes de receber a bandeirada. Marini também melhorou suas parciais no fim, mas não o suficiente para subir no pódio.

Moto2 2020, GP da Emília-Romanha, Misano, corrida

1 E BASTIANINI Italtrans Kalex  
2 M BEZZECHI RW NTS +0.720
3 S LOWES Gresini Kalex +1.124
4 L MARINI VR46 Kalex +2.310
5 M SCHROTTER Intact Kalex +4.132
6 J DIXON NTS RW KTM +7.201
7 J NAVARRO Speed UP +7.558
8 F DI GIANNANTONIO Forward MV Agusta +7.704
9 T LÜTHI Tech3 KTM +7.762
10 H GARZÓ Speed UP +8.249
11 N BULEGA Tasca Kalex +8.141
12 S CORSI Italtrans Kalex +8.663
13 A CANET Forward MV Agusta +9.189
14 L DALLA PORTA American KTM +12.538
15 S MANZI VR46 Kalex +12.744
16 M PASINI Red Bull KTM Ajo +12.935
17 M RAMÍREZ Marc VDS Kalex +13.227
18 A FERNÁNDEZ Team Tady Kalex +13.779
19 H SYAHRIN Flexbox HP 40 +14.525
20 E PONS RW NTS +15.028
21 S CHANTRA Team Asia KTM +15.511
22 B BENDSNEYDER RW NTS +18.160
23 T NAGASHIMA SAG Kalex +21.265
24 A IZDIHAR Intact Kalex +25.587
25 L BALDASSARRI PONS Kalex +11.877
  P BIESIEKIRSKI RW NTS +2 voltas
  X VIERGE Marc VDS Kalex +5 voltas
  J ROBERTS ANGEL NIETO KTM +10 voltas
  K DANIEL Tech3 KTM +10 voltas
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