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Motociclismo

Bagnaia conclui metade da missão, mas Quartararo é só parte de barreira em Assen

Pela quarta vez nas últimas seis corridas, o titular da Ducati assegurou a pole-position, cumprindo ao menos parte da tarefa a que se propôs no GP da Holanda. Pelo que mostrou nos treinos, Pecco até pode brigar pela vitória em Assen, mas além de dar um passo à frente em termos de performance e peitar o líder da MotoGP, precisa conter o próprio ímpeto para tratar de ver a bandeirada

25 jun 2022 - 14h33
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Francesco Bagnaia
Francesco Bagnaia
Foto: Ducati / Grande Prêmio

DO DOMÍNIO DE MARC MÁRQUEZ AO ZERO: A HONDA DE PONTA CABEÇA NA ALEMANHA

Francesco Bagnaia deu um passo importante neste sábado (25) para brigar pela vitória na MotoGP em Assen. Pela quarta vez em seis corridas, o italiano faturou a pole da classe rainha do Mundial de Motovelocidade, completando ao menos parte da tarefa a que se propôs no GP da Holanda.

A julgar pelo ritmo exibido nos treinos, é possível imaginar o italiano na briga ao menos pelo pódio, mas, para isso, a missão número um é conter a si mesmo: Pecco não pode repetir o erro do GP da Alemanha, quando caiu ainda na terceira volta e nem sequer entendeu o motivo. Ver a bandeirada é impreterível para alguém que se recusa a abandonar o sonho do título, mesmo que ele fique mais e mais distante a cada corrida.

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Francesco Bagnaia quer ir com calma em Assen para tentar reagir no campeonato (Foto: Ducati)

Partindo da pole, Bagnaia sabe que tem uma posição favorável na disputa, mas também reconhece que precisa ser cauteloso.

"Quero encarar os tempos com um pouco mais de calma desta vez, ainda que uma pole tenha muito valor aqui, porque é uma pista de que gosto muito, mas não é a melhor para a nossa moto", disse Pecco à emissora italiana Sky Sport.

O italiano destacou, também, que, depois de uma manhã difícil, onde sofrer para encontrar um bom feeling com a moto da Ducati, principalmente no trecho mais veloz da pista, o quarto treino serviu para um importante passo à frente.

"Estou muito contente por ter conseguido superar as coisas no TL4, porque hoje de manhã tive muitos problemas no TL3", indicou. "Tínhamos algumas coisas para fazer, mas, no TL4, quando fui para a pista, me senti imediatamente bem. Então também pudemos dar outro passo nessa direção, assim estamos mais preparados para amanhã", ponderou.

"O problema era o movimento e a falta de feeling ao aumentar a velocidade. Simplesmente tentamos baixar a moto e eu gostei, pois agora ela, obviamente, se movimenta muito menos, é mais estável e, como resultado, posso fazer tudo melhor", relatou. "Foi algo que, no segundo stint no TL4, especialmente com o pneu usado, seguramente me deu um pouco de vantagem. Mas também no Q2, pois o fato de poder forçar um pouco mais na parte rápida me permitiu dar um passo mais em comparação com o tempo de ataque desta manhã", detalhou.

PROGRAMAÇÃO DA TV

Fabio Quaratararo é o alvo da concorrência em Assen (Foto: Yamaha)

Pela análise dos treinos, Pecco tem um ritmo muito próximo ao de Fabio Quartararo, que vai largar em segundo e vive um excelente momento no campeonato de 2022.

"Será uma corrida dura, como sempre. Antes de mais nada, a primeira coisa que preciso fazer é terminar. Creio e espero que a última corrida tenha me servido de lição e quero começar a dar um passo à frente amanhã", avisou.

Batido por só 0s116, Fabio Quartararo apontou que poderia ter sido um pouco mais rápido na curva 15, mas assumiu que isso não seria suficiente para bater Pecco na briga pela pole.

"Foi a melhor volta possível. Talvez eu pudesse ter sido mais rápido na 15, mas não daria a pole de qualquer maneira", ponderou.

A segunda posição, porém, não fica com sabor de derrota, já que Fabio vê o holandês como um traçado que permite ultrapassagens e onde o desgaste de pneus não será tão elevado quanto na Alemanha na semana passada.

"Aqui, a classificação é um pouco menos importante do que na Alemanha, pois tem mais pontos de ultrapassagem. Além disso, o desgaste de pneus não é como em Sachsenring", comparou. "A segunda posição me deixa feliz. Vamos ver amanhã, mas Bagnaia e eu temos algo mais do que os outros", avaliou Fabio.

Com 172 pontos na liderança do Mundial de Pilotos, Quartararo tem uma situação confortável na classificação da MotoGP, mas nem por isso vê os rumos da disputa definidos. Mesmo com 91 pontos a mais, o francês de Nice ainda vê Bagnaia vivo na briga, assim como Aleix Espargaró e Johann Zarco, segundo e terceiro na tabela.

Aleix Espargaró frisou que é vital parar Fabio Quartararo no começo da corrida (Foto: Aprilia)

"Pecco está distante no campeonato, mas ainda tem mais de 250 pontos disponíveis. Com certeza, ele está na luta pelo campeonato, assim como Aleix e Zarco", frisou. "Os três são os mais perigosos para mim no que diz respeito ao campeonato", completou.

Só 0s364 mais lento do que Bagnaia em Assen, Aleix Espargaró ficou com o posto no grid. O catalão mostrou um ritmo até que bom durante os treinos.

"Estou satisfeito com nosso trabalho de hoje, pois no TL3 consegui ser extremamente rápido e passar direto para o Q2, enquanto no TL4 fiz um long-run para me preparar para a corrida, mantendo um ritmo rápido", comentou. "Só a classificação que não correu como eu esperava. Infelizmente, tive de cancelar as minhas últimas duas voltas por causa de bandeiras amarelas. Tenho certeza de que tinha potencial para um lugar na primeira fila, mas vou ficar reclamando disso", declarou.

"A RS-GP está funcionando completamente bem aqui", acrescentou.

O irmão de Pol destacou, contudo, que a meta mais importante para a corrida é frear a boa sequência de Quartararo, que vem de três pódios seguidos — sendo duas vitórias.

"Temos de parar Fabio de qualquer forma. Não podemos deixá-lo escapar no início, ou a corrida estará perdida", reconheceu. "Nosso trabalho é pará-lo no início, porque, do contrário, não dá para alcançá-lo. Tenho um bom ritmo nas voltas finais, talvez melhor que o dele, mas se quando chegar neste momento ele já tiver 2s de vantagem, é impossível", concluiu.

O GP da Holanda de MotoGP, em Assen, acontece neste domingo, às 9h (de Brasília). O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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