Aleix Espargaró mira pódio com "melhor Aprilia de todas" para homenagear Gresini
Piloto catalão lembrou que a morte de Fausto Gresini ainda afeta a equipe e frisou que o sonho é poder prestar um tributo ao italiano, que foi vítima da Covid-19
Aleix Espargaró quer aproveitar que tem nas mãos a melhor Aprilia de todas para poder prestar um tributo a Fausto Gresini. O catalão destacou que sua meta é alcançar o top-3 da MotoGP para poder homenagear o italiano, que foi vítima da Covid-19.
Chefe da Aprilia, que é operada pela Gresini na MotoGP, Fausto foi infectado pelo novo coronavírus no fim de dezembro passado e, depois de altos e baixos na recuperação, não resistiu e morreu no fim de fevereiro, aos 60 anos.
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"Obviamente, meu primeiro desejo, a primeira meta para esta temporada é prestar um tributo a Fausto conquistando um pódio. Isto está claro, é a minha meta", disse Aleix. "Na apresentação da equipe, a atmosfera era muito ruim. Quando você está correndo, obviamente está ficado na corrida, mas temos sempre em mente que ele não está aqui", seguiu.
Na abertura da temporada 2021, no GP do Catar, Fabio Di Giannantonio bateu Marco Bezzecchi pelo terceiro lugar na corrida da Moto2 para encerrar uma seca de quatro anos e meio com o primeiro pódio da Gresini desde que Sam Lowes venceu o GP de Aragão de 2016.
"Nada contra Bezzecchi, porque ele fez uma corrida muito boa, mas eu estava torcendo para Diggia terminar no pódio. 'Passa o Bezz! Passa o Bezz!'. Não só como um tribute ao Fausto, mas à toda equipe, MotoGP, Moto2, Moto3, os caras que trabalharam com Fausto por metade da vida", contou. "Foi como um pequeno presente. Todo mundo estava olhando para o céu, então estou muito feliz por Diggia ter conquistado um pódio", comemorou.
Aleix ainda busca o primeiro pódio da RS-GP da Aprilia. Seria, também, o primeiro pódio da Gresini desde a separação com a Honda, em 2013. O time de Fausto é quem opera a entrada da fábrica de Noale na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.
Semana passada, o piloto de Granollers terminou a corrida em sétimo, 5s9 atrás de Maverick Viñales, o menor atraso já registrado pela equipe de Noale.
"Eu estava um pouco nervoso na primeira parte da corrida, por causa de toda a pressão de tenho ― o que é normal, é o meu trabalho ―, mas depois do teste, todo mundo estava dizendo que era só um teste, para ver como seria na corrida, pois todo ano é a mesma coisa", recordou. "Então, pelo menos, estou feliz por termos confirmado que esta é a melhor Aprilia de todas na MotoGP, que podemos lutar no pelotão da frente", comemorou.
"De fato, quanto ultrapassei Valentino [Rossi] e [Jorge] Martín com [Joan] Mir, nas dez voltas seguintes, éramos 2s mais rápidos do que os líderes da corrida e chegamos perto deles. Mas nas últimas seis voltas eu não tinha pneu dianteiro o bastante para lutar pelo pódio", explicou. "Mas o potencial e a velocidade que mostramos foi boa e, honestamente, sinto que aprendemos algumas coisas, especialmente nas primeiras voltas com o tanque cheio. Perdemos muito terreno, então temos de mudar o equilíbrio da moto, algo que já está planejado", frisou.
"E acho que podemos melhorar um pouco o nosso ritmo de corrida para que possamos talvez lutar pelo top-5. Quem sabe? Honestamente, esperava que o grupo do último domingo fosse um pouco maior e mais como uma corrida da Moto3, mas não foi assim. Foram só seis ou sete pilotos", considerou. "Então estou feliz por termos estado na briga. Vamos ver se ficamos um pouco mais próximos na próxima", encerrou.
O GP de Doha é o segundo da temporada 2021 da MotoGP. Na programação do domingo, há um warm up de 20 minutos às 9h40 e a corrida às 14h. Todos os horários são de Brasília, GMT -3. O GRANDE PRÊMIO cobre tudo aqui.
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