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Mais de 80% dos medalhistas no Pan recebem Bolsa Atleta

Do total de 171 pódios, 141 contaram com atletas que ganham incentivos do Governo Federal

13 ago 2019 - 04h41
(atualizado às 10h55)
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O Time Brasil terminou o Pan de Lima na segunda posição no quadro de medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos, e obteve sua melhor campanha da história, com 171 pódios. Foram 55 ouros, 45 pratas e 71 bronzes. Desse total, 141 medalhas, 82,4%, tiveram a participação de atletas apoiados pelo programa Bolsa Atleta.

De acordo com informações do Ministério da Cidadania, 117 pódios foram conquistados diretamente por bolsistas e 24 em modalidades coletivas com a presença de bolsistas. Os contemplados pelo programa conquistaram medalhas em 34 modalidades diferentes do total de 41 em que o País chegou entre os três primeiros lugares.

"Estamos apostando muito nos atletas de alto rendimento e queremos oferecer mais benefícios. Em breve, iremos anunciar para que desperte na sociedade o valor que o esporte tem na formação dos cidadãos", disse o ministro da Cidadania, Osmar Terra.

Comparação com o Pan de Toronto

O Brasil conta atualmente com 16,7% menos atletas contemplados pelo Bolsa Atleta do que no mesmo período de quatro anos atrás, quando aconteceu o Pan de Toronto. Em 2019, 6.200 brasileiros recebem o auxílio. Em 2015, 7.437 atletas foram ajudados pelo programa do Governo Federal.

No Pan de Toronto, o Brasil terminou em terceiro lugar no quadro geral de medalhas. Foram 141 pódios no total, com 42 ouros, 39 pratas e 60 bronzes - atrás de Estados Unidos e Canadá. De acordo com informações do governo da época, mais de 70% dessas conquistas contaram com a participação de atletas que recebiam o benefício.

Desde 2005, já foram concedidas mais de 63,3 mil bolsas para 26,5 mil esportistas de todo o País. O investimento supera a marca de R$ 1,1 bilhão no total. Neste ano, o investimento soma R$ 84,5 milhões, sendo R$ 18,3 milhões aos atletas paralímpicos.

O judoca Renan Torres, medalhista de ouro na categoria -60kg, é um dos 20 atletas da delegação nacional em Lima que passou a fazer parte do programa a partir de abril de 2019. Ele faz parte da categoria Nacional. "É uma ajuda muito importante na trajetória de um atleta. Motiva você a estar ali todo dia treinando e espero continuar fazendo parte desse grupo de bolsistas até o final da minha carreira", afirmou o judoca, medalhista de bronze no Mundial Junior de 2018.

Quanto paga cada categoria?

A categoria Pódio é a mais alta do programa. Nessa faixa, são apoiados atletas que estão no Top 20 do ranking mundial de sua modalidade. O investimento supera R$ 35,5 milhões ao ano, no total. Atualmente, há 277 contemplados nessa categoria, com 130 atletas de modalidades olímpicas e 147 atletas paralímpicos. Os valores variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil mensais.

A segunda categoria, Olímpica/Paralímpica, paga atualmente R$ 3.100 por mês a 3.066 atletas. Depois vem a Internacional, com bolsas de R$ 850 a cada um dos cinco bolsistas deste ano. A Nacional, em que o judoca Renan Torres é um dos 2.491 beneficiários, paga R$ 925 por mês. Há também a Estudantil e a Base, que contam, respectivamente, com 381 e 257 atletas e auxiliam com R$ 370 cada.

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