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Lutas Olímpicas

Entenda mudança de regra que tirou Rafaela Silva da Olimpíada

30 jul 2012 - 14h54
(atualizado às 15h03)
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Allan Farina
Direto de Londres

A judoca brasileira Rafaela Silva fazia uma boa luta contra a húngara Hedvig Karakas nesta segunda-feira pelas oitavas de final da categoria até 57 kg. A disputa, porém, foi interrompida quando a carioca segurou a perna da adversária, o que foi considerado uma infração pelos juízes. A luta, então, foi encerrada com a desclassificação da brasileira, atual vice-campeã mundial.

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A eliminação de Rafaela pegou muitos torcedores de surpresa. O momento em que a judoca foi eliminada contou com tentativa de golpe que havia lhe rendido um wazari, mas que foi revertido na punição máxima. O resultado foi o choro da judoca de 20 anos.

A desclassificação ocorreu porque a brasileira tentou um golpe que é vetado pela Federação Internacional de Judô (IJF) desde 2009. A entidade definiu naquele ano que faria uma série de alterações na regra do judô. Entre elas ocorreu a extinção da pontuação koka, o aumento do tamanho dos quimonos e mudanças do sistema de ranqueamento.

O fim do ataque direto com as mãos na perna do adversário ocorreu para preservar o estilo mais clássico da luta, que vinha sofrendo influências de modalidades do leste europeu, como o russo sambo e o georgiano chidaoba. Isto beneficiou principalmente o Japão, país mais tradicional no esporte. Segurar na perna do oponente ainda é permitido em caso de defesa.

"O judô estava com uma tendência de utilização de golpes de outras modalidades de luta, especialmente lutas do leste europeu. Os golpes fugiam do tradicional, que é segurar a gola e a manga do quimono. Eram golpes em que as mãos agarravam as pernas", explicou o coordenador técnico da Seleção Brasileira de judô, Ney Wilson.

"Na verdade acho que trouxe um grande benefício para o judô, pela plasticidade, pela eficiência dos golpes", disse o dirigente, que considera que a mudança que acabou penalizando a brasileira é positiva para o judô brasileiro, um dos que seguem um estilo mais tradicional. Curiosamente, esta não foi a primeira vez que uma judoca brasileira é penalizada por este motivo. Em 2011, no Mundial de Paris, Érika Miranda foi desclassificada por segurar a perna da romena Andreea Chitu em sua segunda luta.

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Mudança na regra serviu para proteger o estilo tradicional do judô, originado do Japão
Mudança na regra serviu para proteger o estilo tradicional do judô, originado do Japão
Foto: Reuters
Fonte: Terra
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