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Boxe

Presidente do CMB defende luta contra McGregor e vê Mayweather favorito

21 jun 2017 - 15h23
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O presidente do Conselho Mundial de Boxe (CMB), o mexicano Mauricio Sulaimán, defendeu a realização do combate entre o americano Floyd Mayweather e o irlandês Conor McGregor, marcado para 26 de agosto em Las Vegas, e o definiu como uma luta pelo dinheiro, já que o cachê dos envolvidos será bastante gordo.

"Acredito que a luta não vai em detrimento do boxe porque será uma luta realizada em um ringue sob as regras do boxe. É uma luta pelo dinheiro na qual dois personagens de esportes de combate ficarão cara a cara", declarou o dirigente em entrevista à Agência Efe na Cidade do México.

Sulaimán fez bastantes elogios a McGregor, atual campeão do peso leve e ex-campeão do peso pena do UFC, mas acredita que Mayweather é o favorito a vencer a luta.

"Conor é forte e muito valente. No UFC, aguentou os mais diversos golpes em muitas luta. A questão para ele é tentar estabelecer um estilo de choque e ataque e o combate corpo a corpo. Vamos ver se consegue ter tanto sucesso contra Mayweather, que provavelmente o golpeará facilmente e vencerá", analisou.

Segundo cálculos preliminares sobre os prêmios, o americano embolsará US$ 300 milhões, enquanto o irlandês ficará com US$ 100 milhões, o que tornaria o combate o mais lucrativo da história.

Sulaimán disse que a vantagem para Mayweather é que os 12 assaltos serão disputados na modalidade praticada por ele durante quase toda a sua vida. Além disso, fez críticas às comparações existentes entre o boxe e as artes marciais mistas (MMA).

"Durante os últimos anos, o UFC atacou o boxe fazendo comparações irresponsáveis. O boxe e o MMA são dois esportes totalmente diferentes, e agora, ao não poder usar as técnicas que não são permitidas no boxe, Mayweather deverá vencer sem problemas", considerou.

O presidente do CMB lembrou o antecedente mais destacado de luta entre lutadores de modalidades diferentes. Em 26 de junho de 1976, a lenda do boxe Muhammad Ali e o japonês Antonio Inoki, ex-profissional de wrestling, se enfrentaram em um combate "sui generis". A luta é considerada precursora do MMA e não teve um vencedor declarado.

"Aquele enfrentamento foi muito diferente ao de agora porque não foi uma luta de boxe. Inoki lutou no solo durante os 15 rounds sem parar e não houve combate, foi algo penoso", comentou o dirigente, que acredita que desta vez será diferente.

"Vamos ver o que acontece. Tudo aponta para que Mayweather terá sucesso e que o boxe ficará por cima", finalizou.

EFE   
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