Vasco tem retrospecto a favor decidindo fora em mata-matas na Liberta

Além da grande vantagem após a vitória por 4 a 0 sobre o Jorge Wilstermann-BOL, na última quarta-feira, em São Januário, o Vasco tem outro fator animador para o jogo de volta e carimbar a vaga para a fase de grupos da Libertadores: o bom retrospecto em duelos de mata-mata na competição continental fora de casa. Em oito vezes em que decidiu fora, o Cruz-Maltino avançou cinco vezes e só foi eliminado em três. O segundo jogo entre os clubes pela terceira fase do torneio será na próxima quarta, em Sucre, na Bolívia.

Na primeira vez que avançou para a fase final, na edição de 1990, o Vasco bateu o Colo-Colo (CHI) nas oitavas. No primeiro jogo, empate sem gols em São Januário. Na partida de volta, em Santiago, novo empate, desta vez em 3 a 3. A decisão da vaga foi para os pênaltis, e o Cruz-Maltino venceu a disputa por 5 a 4.

Nas quarta de final em 90, o Vasco teve pela frente o Atlético Nacional-COL. A primeira partida, em São Januário, terminou em 0 a 0. Depois o clube viveu um momento conturbado. Na volta, na Colômbia, o Cruz-Maltino foi derrotada por 2 a 0. Dias depois, Eurico Miranda (então vice de futebol) recorreu à Conmebol e pediu para anular a partida. O dirigente acusou o 'Cartel de Medellín' (liderado por Pablo Escobar) de pressionar o árbitro na Colômbia. Porém, na nova partida, realizada no Chile, o Vasco perdeu por 1 a 0.

Em 1998, ano em que foi campeão, o Vasco disputou a maioria dos mata-matas fora de casa. Logo nas oitavas encarou o Cruzeiro. Na partida de ida, vitória por 2 a 1, com gols de Luizão e Donizete, enquanto Marcelo Ramos descontou. No segundo jogo, no Mineirão, o Cruz-Maltino segurou o empate de 0 a 0 e avançou.

Na semifinal daquele ano, o Vasco despachou o River Plate em um jogo memorável no Monumental de Núñez. Na primeira partida, o Cruz-Maltino venceu por 1 a 0, em São Januário, com gol de Donizete. Na volta, o time argentino saiu na frente com Sorin, mas Juninho empatou com um golaço de falta e deu a vaga para o clube carioca.

Na decisão de 1998, o Vasco teve pela frente o Barcelona-EQU. Na partida de ida, vitória por 2 a 0 com gols de Donizete e Luizão. No jogo de volta, em Guaiaquil, mais um triunfo, desta vez por 2 a 1, mas uma vez com a dupla de ataque marcando. Assim, o Cruz-Maltino ficou com o título da competição.

O Vasco voltou a decidir uma classificação longe dos seus domínios nas quartas de final da Libertadores de 2001, contra o Boca Juniors, que tinha um grande time liderado por Riquelme. Depois de perder em São Januário por 1 a 0, o Cruz-Maltino teve novo revés na Argentina, por 3 a 0. Assim, acabou eliminado.

Nas oitavas de final da Libertadores de 2012, o Vasco bateu o Lanús. Na primeira partida, vitória cruz-maltina por 2 a 1, em São Januário. Na partida de volta, o clube carioca saiu na frente, mas levou a virada. Como o time argentino venceu também por 2 a 1, a decisão foi para os pênaltis, e o Vasco venceu por 5 a 4.

Nas quartas de final de 2012, o Vasco foi eliminado para o Corinthians. Na primeira partida, empate sem gols em São Januário. No jogo de volta, derrota por 1 a 0 para o time paulista e eliminação na competição. Um lance lamentado pelos cruz-maltinos nesta partida foi o gol perdido por Diego Souza.