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Vanderlei Cordeiro de Lima exalta hall da fama e projeta Olimpíada

Ex-maratonista brasileiro comemora por estar entre os melhores atletas e ainda comenta de episódio em Atenas 2004, quando foi agarrado por um homem enquanto competia

18 dez 2018 - 20h18
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No Prêmio Brasil Olímpico, que está sendo realizado no Teatro Bradesco, no Rio de Janeiro, a 20ª edição da festa que homenageia os destaques do ano no esporte olímpico brasileiro. Em zona mista, o ex-maratonista, bicampeão dos Jogos Pan-americanos e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, Vanderlei Cordeiro de Lima exaltou o hall da fama que dá estímulos aos atletas.

- É um privilégio muito grande, poder fazer parte desse seleto grupo de atletas sendo homenageado no hall da fama. Olhando para trás, vendo minha carreira, minha vida, vejo que tudo valeu a pena. Tudo que aquilo que vivi no esporte e, sem dúvida, esse momento está acontecendo porque o esporte sempre esteve presente na minha vida, não só nas conquistas, mas também nos valores. Isso é algo que a gente passa adiante e espero que as próximas gerações também possam viver esses momentos que estou vivendo - disse.

Vanderlei ainda comentou que o Brasil está passando por um processo de renovação dentro dos esportes Olímpicos. Contudo, ele afirmou que os Jogos Pan-Americanos serão fundamentais para saber as verdadeiras condições para a Olímpiada de 2020, que será realizada em Tóquio, Japão.

- Estamos passando por um momento de renovação, com uma nova geração, e o atletismo sempre tem uma novidade. A gente acredita muito nas provas que o Brasil possui a tradição de resultados expressivos, principalmente em Jogos Olímpicos, mas também há a promessa em outras modalidades que o Brasil não tinha tanto reconhecimento, e hoje, com todo esse trabalho, o Brasil já se enquadra entre os melhores do mundo. Há uma grande expectativa, claro que ainda há um tempo para se trabalhar, eu acho que alguma prévia disso tudo serão os Jogos Pan-Americanos, e aí teremos uma noção do que pode acontecer em 2020.

O bicampeão dos Jogos Pan-Americanos exaltou sobre ter levado o Prêmio Pierre de Courbetin, que é dado aos esportivas com alto grau de esportividade e bom rendimento. Além disso, falou que o esporte olímpico está lutando a cada dia para continuar sendo valorizado.

- A gente acaba sendo surpreendido, já que faz mais de dez anos que encerrei minha carreira e quinze da consagração da Pierre de Courbetin e da medalha olímpica, e realmente são momentos que as vezes nos surpreendem, e fico feliz, porque todo reconhecimento é importante, não só para minha carreira, mas também para as futuras gerações, para que esses novos atletas possam se inspirar - afirmou, antes de complementar.

- É um momento que me sinto muito orgulhoso, porque o esporte transformou minha vida em todos os sentidos. É um momento ímpar, para mim e para a minha modalidade, o atletismo. Estamos persistindo, lutando e acreditando que o dia de amanhã possa ser melhor, porque a cada dia que eu vivo eu sou surpreendido por aquilo que o esporte me proporcionou e continua me proporcionando. Eu vejo quanto foi importante minha carreira como esportista e hoje estou colhendo os frutos de toda essa dedicação.

Para finalizar, Vanderlei comentou sobre o episódio em que foi empurrado por um homem no momento em que liderava a prova na disputa da maratona de Atenas, em 2004. Mesmo perdendo ritmo, conseguiu de forma heroica conquistar a medalha de bronze, com apenas 15s na frente do quarto colocado, Jon Brown, da Grã-Bretanha.

- Fiz um planejamento de 12 anos para um dia eu poder sonhar que seria um atleta olímpico, e também alimentar a conquista de uma medalha. Certamente o que aconteceu comigo não foi sorte, foi fruto de trabalho, dedicação, comprometimento. Dentro do nosso planejamento, eu jamais poderia imaginar que no decorrer pudesse acontecer um incidente que repercutiu da maneira que repercutiu e pudesse valorizar ainda mais a conquista, mesmo sendo uma medalha de bronze. Claro que tinha todas as possibilidades da conquista do ouro, mas meu grande sonho era conquistar uma medalha e eu não vejo pelo tamanho da conquista, e sim como tudo foi conquistado, da forma que foi minha vida, minha carreira, acho que isso diz tudo. Independente do fato de ter sido agarrado, ou se fosse de uma maneira diferente, eu certamente estaria comemorando da mesma forma - concluiu.

Além de Vanderlei Cordeiro de Lima, a primeira turma na inauguração do Hall da Fama teve Sandra Pires e Jackie Silva (vôlei de praia) e Torben Grael (vela). Estes, com alto rendimento em seus esportes e com grande destaque.

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