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Libertadores

Vandalismo e terror: torcedores do River transformam final em caos

Após confusão fora do estádio e mais de duas horas de espera, a Conmebol decidiu remarcar o segundo jogo da final entre River e Boca para este domingo, às 18h

24 nov 2018 - 23h18
(atualizado em 25/11/2018 às 13h33)
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A data deste sábado, dia 24/11, nunca foi tão esperada no calendário do futebol mundial. Após o empate em 2 a 2 na Bombonera e nenhum incidente de violência aos arredores do bairro La Boca, River Plate e Boca Juniors esperavam uma final tranquila no Monumental. Ao menos fora de campo.

A confusão iniciou com o ato de vandalismo contra o ônibus do Boca Juniors. O veículo deveria passar por um setor exclusivo longe da torcida local. Entretanto, uma falha na segurança permitiu com que o encontro se tornasse uma tragédia.

Alguns torcedores começaram a tacar tudo que encontravam pela frente, até que três janelas foram atingidas e quebradas. Para conter o vandalismo, a polícia utilizou gás de pimenta que acabou afetando também os jogadores xeneizes.

Carlos Tévez foi o primeiro em estado alerta. O jogador foi vítima de uma série de vômitos causados pelo efeito do gás. Na sequência, Pablo Pérez e Gonzalo Lamardo saíram de ambulância devido a cortes no corpo e cabeça.

Após o incidente, quando faltava apenas 1h para o início do jogo, adeptos do River que se encontravam do lado de fora, tentaram furar o bloqueio policial para se aproximarem das entradas do estádio.

A polícia reagiu novamente, mas alguns torcedores não deixaram de atacar. Muitas garrafas de vidro e pedras foram atiradas contra os policiais. Enquanto não era feito o anúncio da suspensão da partida, o cenário de caos se alastrava. A polícia precisou agir rápido e um tiroteio começou.

A confusão do lado de fora prejudicou quem deixava o Monumental. Ao ouvir barulho de tiros, alguns torcedores se assustaram e voltaram correndo para o setor das arquibancadas. Até mesmo o setor da zona mista foi invadido.

Do lado de fora, nos arredores de Núñez, muitos carros tiveram seus vidros rompidos. A marca das bombas ainda estava presente, uma cena de guerra

O Monumental estava lotado, Buenos Aires estava paralisada, o mundo inteiro esperava por essa final. Entretanto, mais uma vez a violência tomou conta do cenário futebolístico. O que era para ser a maior final já realizada, se tornou a uma enorme vergonha na história do futebol argentino. Fanatismo e vandalismo não são palavras de mesmo significado.

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