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Um é artilheiro, outro nem no banco: o saldo dos seis reforços do Palmeiras

Somente metade das contratações do clube para esta temporada foi utilizada com mais frequência por Felipão em jogos do Campeonato Paulista e deste começo de Libertadores

20 abr 2019 - 08h03
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Depois de 20 jogos na temporada, as seis contratações do Palmeiras para 2019 vivem situações bem distintas. Enquanto Ricardo Goulart já se inseriu no time ideal, inclusive sendo o artilheiro da equipe no ano, o técnico Luiz Felipe Scolari mal utilizou outros nomes e existe ainda o extremo de Matheus Fernandes, sequer relacionado.

Alexandre Mattos contratou este quinteto e Ricardo Goulart para a temporada (Agência Palmeiras/Divulgação)
Alexandre Mattos contratou este quinteto e Ricardo Goulart para a temporada (Agência Palmeiras/Divulgação)
Foto: Lance!

A expectativa, agora, é de que todos tenham mais oportunidades com o começo do Campeonato Brasileiro, no qual não há limitação de inscritos, como ocorre no Paulista e na Libertadores, e existe a promessa de intensificar a alternância de escalações, como aconteceu no ano passado. A estreia no torneio nacional será no dia 28, contra o Fortaleza, no Allianz Parque.

O LANCE! analisa abaixo caso a caso dos seis reforços do Verdão:Felipe Pires

O mais desconhecido dos recém-contratados é, justamente, quem mais atuou. O atacante, que completou 24 anos na última quinta-feira, tem 13 jogos, sendo seis como titular, acumulando 766 minutos. Fez só um gol, sem dar assistências, e ainda tem muito a provar. Felipe Pires chegou emprestado pelo Hoffenheim, da Alemanha, até dezembro, como uma aposta de Felipão, que o define como "velocidade pura". Mas o camisa 27 está longe de cumprir a expectativa de substituir Willian, que operou o joelho direito e só volta no segundo semestre.

Ricardo Goulart

De longe, o reforço mais aprovado. Por conta de uma cirurgia no joelho direito, ocorrida em outubro, Ricardo Goulart estreou só em fevereiro e ainda tem uma programação física diferenciada, sendo poupado de algumas partidas. Ainda assim, acumula 11 jogos, oito como titular, e 724 minutos em campo. Desde que passou a ficar à disposição, ficou fora apenas três vezes. Contratado com ajuda e aval de Scolari e gerando comemoração da torcida, o camisa 11 é o artilheiro do time no ano ao lado de Gustavo Scarpa, com quatro gols, e deu ainda três assistências, participando de sete gols em 11 jogos. Como contestação, somente atuações recentes mais apagadas, incluindo a segunda semifinal do Paulista, contra o São Paulo, quando perdeu pênalti.

Carlos Eduardo

Certamente, a contratação mais contestada. Carlos Eduardo chegou com o peso de ter custado mais de R$ 23 milhões para sair do Pyramids, do Egito, tendo atuado no Brasil só no Goiás, onde foi revelado. Chegou com aval de Felipão e acumulou erros de todo tipo, ficando marcado por chances claras de gol desperdiçadas contra Corinthians e Ferroviária. Tem nove jogos (cinco como titular) e 413 minutos em campo. Conseguiu diminuir as críticas ao fazer um golaço na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, na primeira fase do Paulista. Machucou-se no jogo seguinte, diante da Ponte Preta, e voltou a treinar nesta semana após quase um mês em recuperação de entorse no tornozelo direito.

Zé Rafael

Reforço que mais deu "dor de cabeça" a Felipão, mesmo que involuntariamente. O Palmeiras encaminhou a contratação do meia, por quem pagou R$ 14,5 milhões ao Bahia por 70% dos direitos econômicos, antes de o técnico assumir a equipe. Teve tão poucas chances iniciais que chegou a ser cortado do banco de reservas. Por isso, foi nome citado após qualquer atuação contestável, a ponto de Scolari se irritar em entrevista coletiva por precisar falar do assunto. Mas Zé Rafael está em momento de ascensão. Se tinha atuado só três vezes até o mata-mata do Paulista, entrou na segunda semifinal contra o São Paulo, teve reação elogiada após perder o pênalti decisivo e foi titular na partida seguinte, a última do time, na vitória por 3 a 0 sobre o Junior Barranquilla, também recebendo aprovações. Até agora, o camisa 8 tem cinco jogos (quatro como titular) e 330 minutos em campo.

Arthur Cabral

Outro que chegou antes da contratação de Felipão (o clube pagou cerca de R$ 5 milhões por metade de seus direitos econômicos) e também citado frequentemente em meio às más atuações de Borja e a suspensão de Deyverson. Mas pesou contra Arthur Cabral um problema no púbis que o impediu de ser inscrito na primeira fase do Paulista. Entrou na relação do mata-mata do Estadual e estreou fazendo o gol do empate por 1 a 1 diante do Novorizontino, na ida das quartas de final. Entrou durante o segundo tempo da volta, deixando Borja no banco. Tem dois jogos e 77 minutos em campo. O ex-atacante do Ceará não ganhou mais chances desde então, mas pode ser reserva de Deyverson enquanto Borja não recupera a confiança de Scolari.

Matheus Fernandes

Único reforço que não ficou nem mesmo no banco de reservas. Está inscrito só na Libertadores e o mais perto que chegou de um jogo foi na estreia na competição continental, quando Felipão levou para a Colômbia todos os inscritos que não tinham problemas físicos - e deixou o volante nas tribunas diante do Junior Barranquilla. O Palmeiras desembolsou cerca de R$ 15 milhões pelo volante de 20 anos, que estava no Botafogo, e, a princípio, o discurso é de considerá-lo uma aposta para o futuro.

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