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Troca de técnicos e mais: o que mudou no Flamengo ao longo do Brasileirão?

Em uma campanha de altos e baixos, o Rubro-Negro superou as adversidades e confirmou o favoritismo ao levantar a taça de campeão

27 fev 2021 - 08h48
(atualizado às 08h48)
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Jogadores do Flamengo comemoram título (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
Jogadores do Flamengo comemoram título (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
Foto: Lance!

O Flamengo iniciou o Campeonato Brasileiro de 2020 como uma incógnita. Sem Jorge Jesus, multicampeão e que protagonizou uma saída inesperada, o Rubro-Negro foi à Europa atrás de um substituto também com ideiais arejadas. Domènec Torrente chegou, mas não agradou. E, depois de eliminações traumáticas em mata-matas e uma arrancada na reta final, o clube levantou a taça da competição sob o comando de Rogério Ceni.

O octacampeonato foi conquistado após 71 pontos somados na tabela. Tabela esta que só foi território de um Flamengo na liderança a partir da 37ª rodada, como ocorreu em 2009, aliás. Ao longo de todo o torneio, o Rubro-Negro foi atrás da defesa do título. No caminho, perdeu para lá de três oportunidades de assumir o topo dependo de si. Mas engrenou na hora "certa".

O próprio Ceni tardou a encaixar o seu modelo de jogo. Ele assumiu o Fla em novembro do ano passado, com a equipe a cinco pontos de desvantagem para a liderança, na quinta colocação e vindo de uma goleada sofrida por 4 a 0 para o Atlético-MG, pela 20ª rodada.

À época, já sem Rafinha, um dos principais líderes do elenco até meados de 2020, cabe destacar, se discutia o modelo de jogo de Dome, bastante dissonante ao de Jesus e que ficou uma longa sequência sem repetir a dupla de zaga (o calcanhar de Aquiles do Fla na temporada). Ceni desembarcou indicando que o time dele flertaria com um esquema de dois "avançados" e imposição no campo do adversário.

Flamengo sofreu momentos de turbulência (Foto: Divulgação/Ceará)
Flamengo sofreu momentos de turbulência (Foto: Divulgação/Ceará)
Foto: Lance!

Na prática, a equipe de Ceni demorou a pegar no tranco. Eliminado da Copa do Brasil e Libertadores num intervalo de 13 dias, o técnico, inclusive, teve o cargo por um fio. O time de Rogério seguia levando gols em profusão e, embora fosse o melhor visitante do Brasileirão, não fazia o dever de casa como se esperava.

Mas o Flamengo passou a encaixar após o jogo contra o Goiás, dia 18 de janeiro, pela 30ª rodada. Ali, até o Gabigol chegou a admitir que "todos mudaram de postura". A equipe engrenou nos quesitos rendimento e resultado, tanto que, nos últimos dez jogos, foram sete vitórias. A despedida, contra o São Paulo, foi destoante, no entanto.

O Flamengo, hoje em um ofensivo e variável 4-4-2, transmite confiança ao seu torcedor, embora ainda não tenha atingido todo o potencial de seu forte elenco - como visto diante do Tricolor, na última noite. Willian Arão como zagueiro e Gerson e Diego como dupla de volantes foram engenhosidades do treinador que, no geral, se provaram eficientes.

Agora mais leve, o Flamengo tem 2021 pela frente para se aperfeiçoar e seguir em busca da almejada "era de títulos".

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