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Três dos quatro vices do Palmeiras fazem nota de repúdio contra Leila

Genaro Marino, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli estão rompidos com Maurício Galiotte e fizeram duras críticas à entrevista da conselheira e patrocinadora, sobre o futuro no clube

26 jul 2018 - 19h52
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Rompidos com o presidente Maurício Galiotte, três dos quatro vice-presidentes do Palmeiras publicaram uma nota de repúdio contra Leila Pereira. Eles contestam a entrevista da conselheira e patrocinadora ao UOL, na qual diz que não renovará o patrocínio de Crefisa e FAM em dezembro se o atual mandatário não for reeleito.

Genaro Marino, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli são os primeiro, terceiro e quarto vices da atual gestão, respectivamente, mas estão rachados com Galiotte. Eles não participam das tomadas de decisão da atual diretoria e devem, inclusive, montar a chapa de oposição para a eleição presidencial no fim de ano, com Genaro como o adversário de Maurício.

A ala dos agora oposicionistas, ligados a Paulo Nobre, questiona desde o início a entrada de Leila Pereira ao Conselho Deliberativo. Agora, também criticam o trabalho da conselheira para aumentar o mandato no clube de dois para três anos, o que dará condição para que ela concorra à presidência em 2022.

No fim da nota, os vices cobram Maurício:

"O senhor ficará de braços cruzados e boca fechada ou vai, pela primeira vez em seu mandato, defender o nosso amado clube para confrontar a "conselheira"(?) Leila Medjalani Pereira? O senhor vai deixar o clube ser chantageado publicamente mais uma vez pelo "parceiro"? Até quando uma "conselheira" (?) será a porta-voz da sua gestão?", diz o texto.

Veja a nota completa abaixo:

"Por entender que ninguém pode se considerar acima da Sociedade Esportiva Palmeiras, vimos a público manifestar nosso repúdio às declarações da "conselheira" (?) Leila Mejdalani Pereira ao UOL, nesta quinta, 26.

Ninguém que é VERDADEIRAMENTE torcedor da S.E.P. pode aceitar que nosso clube seja, mais uma vez, coagido. Sobretudo colocado sob o revólver do poder econômico por conta de interesses e gostos particulares ou vaidades pessoais.

Chantagear o que alega ser seu time de coração afirmando que só manteria sua "ajuda financeira" caso seus amigos continuem na gestão não é atitude de um palmeirense genuíno. Nosso alviverde é maior do que preferências individuais, amigos ou inimigos.

A Crefisa e a FAM patrocinam a S.E.P. por conta do que representamos, pela força da nossa camisa e pelo tamanho da nossa torcida, não é, cara "conselheira"(?) ?

Não somos hipócritas ou insanos para dizer que essa relação comercial é ruim para o clube. Porque não é. Queremos, inclusive, que ela continue por muitos e muitos anos, apesar de a senhora insistir em dizer que paga um valor acima do mercado, o que também repudiamos.

O Palmeiras não é seu e é grande há mais de cem anos, senhora Leila, INDEPENDENTEMENTE de quem seja o presidente ou o patrocinador.

Não damos o direito a nenhum parceiro, por maior que seja o tamanho do investimento, de achar que isso compra nosso clube. Pode comprar outros, nunca o Palmeiras. A senhora não vai nos ameaçar ou achar que somos seus reféns.

Não entendemos em que momento casuísmo e modernidade passaram a ser sinônimos na língua portuguesa. Mandato de três anos pode não ser um avanço.

Usa-lo como subterfúgio para interesses próprios é um crime contra a S.E.P. O que explica essa ostensiva campanha para que essa mudança se aplique já na próxima gestão, cara "conselheira"(?) ? Por que não faz o mesmo esforço para que sejam alteradas as regras para conselheiros (de fato e de direito) vitalícios? Lutar pelo aumento IMEDIATO do mandato de três anos, sendo que isso lhe possibilitaria ser candidata já no pleito seguinte, é apenas coincidência?

Se não for, lançamos um desafio à "conselheira"(?) Leila Medjalani Pereira: prometa e registre em cartório que não usará essa mudança em benefício próprio e que não será candidata à presidência em 2022. Seja clara com o torcedor e com os sócios do clube e escolha um lado: defenderá os interesses da SEP, sua OBRIGAÇÃO como conselheira, ou os da sua empresa?

A senhora não aceitará os desafios. A senhora nem se importa com o cristalino e absurdo conflito de interesse que é ser "conselheira" (?) e patrocinadora ao mesmo tempo. Conflito que se ampliaria exponencialmente caso a senhora se tornasse presidente.

Mas não a culpamos por isso. Afinal, nem seus amigos presidentes dos poderes executivo e deliberativo vêem problema. Aliás, como "conselheira eleita"(?), a senhora ajudaria na busca de novos patrocinadores caso tire a Crefisa e a FAM do clube? Que medo a senhora tem de ter alguém isento na cadeira de presidente do Palmeiras?

Como vice-presidentes legítimos, eleitos e com comprovado tempo de sócio e de conselheiro, não ficaremos de braços cruzados enquanto a senhora tenta comprar o Palmeiras.

Exmo. presidente Maurício Precivalle Galiotte: o senhor ficará de braços cruzados e boca fechada ou vai, pela primeira vez em seu mandato, defender o nosso amado clube para confrontar a "conselheira"(?) Leila Medjalani Pereira? O senhor vai deixar o clube ser chantageado publicamente mais uma vez pelo "parceiro"? Até quando uma "conselheira" (?) será a porta-voz da sua gestão? Independentemente de seus interesses políticos, temos que olhar única e exclusivamente para o bem da S.E.P., não para projetos pessoais.

Nem a sede de poder da senhora Leila nem a sua omissão, caro presidente, podem tirar do nosso apaixonado torcedor, o posto de ÚNICO, LEGÍTIMO e VERDADEIRO dono da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Genaro Marino Neto

1º Vice-Presidente

Victor Fruges

3º Vice-Presidente

José Carlos Tomaselli

4º Vice-Presidente"

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