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Torcedor jogou sal grosso no Nilton Santos antes de arrancada alvinegra

Inspirado no lendário ex-presidente Carlito Rocha, botafoguense supersticioso fez ritual de proteção para espantar má sorte alvinegra, antes da vitória em casa, sobre o Corinthians

29 nov 2019 - 07h35
(atualizado às 07h35)
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As vitórias do Botafogo sobre Corinthians e Chapecoense trouxeram o alívio tão esperado na tabela, ao deixarem o clube mais distante da zona de rebaixamento. A mudança de rumo no Brasileirão se deu também com uma preparação especial, bem ao estilo alvinegro. Para afastar a má sorte, o torcedor Henrique Forlan despejou sal grosso no Estádio Nilton Santos, antes da partida contra o Timão. Coincidência ou não, a ação deu certo. E responsável por ela comemorou o resultado esperado.

Forlan explica que há um critério para que a ajudinha extra funcione e que a ação não deve ser feita em todos os jogos e que, por isso, não vai repetir o gesto antes da partida contra Internacional, no sábado. Segundo ele, o momento certo de "espantar o mau olhado" é quando sente que o time joga bem, mas não consegue os resultados.

- Quando o Botafogo começa a perder por mais de dois ou três jogos, outros torcedores me pedem para repetir, mas não é assim. Não faço sempre. Se o time está jogado mal, o sal grosso não vai fazer ele jogar bem. Uso quando o time vai bem, cria chances, mas não tem sorte. Esses momentos pedem a ajuda do sal grosso. O Botafogo havia jogado bem contra o Cruzeiro. No jogo com o Grêmio perdemos mas o goleiro Paulo Victor foi o melhor jogador deles no primeiro tempo. No jogo com o Avaí vencemos com um gol de pênalti e um gol contra. Senti que era a hora porque precisávamos de um gol com a bola rolando - explica.

Hnerique no Nilton Santos (Foto: Acervo Pessoal)

Para o torcedor supersticioso, um episódio da partida da última quarta-feira, contra a Chape, foi a prova de que o ritual deu certo. No último lance do duelo, o ex-atacante botafoguense Henrique Almeida desperdiçou a chance de empate para os catarinenses e o Botafogo pôde comemorar os três pontos.

- Deu certo. Vencemos o Corinthians e a Chape. A prova é que em qualquer outro momento da história do Botafogo, aquele lance do Henrique Almeida contra a Chape no último minuto a bola teria entrado, por ser o Botafogo e pela "lei do ex", mas estávamos protegidos. Foi o efeito sal grosso - comemorou.

Não foi a primeira vez que Forlan despejou o quilo do sal nos arredores do estádio. A primeira vez foi no ano passado, antes da partida contra o América-MG, pelo Brasileirão. O Glorioso também lutava para escapar do rebaixamento e conseguiu a vitória, por 1 a 0, com gol de Rodrigo Lindoso, dando fim a uma sequência de três rodadas sem vitória.

Veja a classificação do Campeonato Brasileiro

Inspiração em lenda alvinegra

Nilton Santos ganhou proteção extra de torcedor supersticioso (Foto: Marcello Neves)
Nilton Santos ganhou proteção extra de torcedor supersticioso (Foto: Marcello Neves)
Foto: Lance!

A inspiração do torcedor de 28 anos vem de um lendário personagem da história do Clube da Estrela Solitária. Henrique é fã do ex-presidente do clube Carlito Rocha. O dirigente cheio de manias é um dos responsáveis pela fama de supersticiosos dos botafoguenses. Carlito deu origem a muitas crendices que fazem parte do folclore do clube, como amarrar as cortinas da sede para que as pernas dos adversários também ficassem amarradas ou mesmo adotar o cãozinho Biriba como mascote do clube, pois sempre que o vira-latas invadia o campo, o Botafogo vencia.

Com o uso do sal grosso, Henrique Forlan quis resgatar a essência botafoguense e, de quebra, ajudar o clube em um momento difícil.

- Como todo Botafoguense, admito que sou supersticioso. Minha inspiração é o ex-presidente Carlito Rocha. Carlito para mim é o que significa o Botafogo, amor e superstição. Foi onde começou o "Time supersticioso", e isso acabou sendo esquecido. Já tive outras superstições como por exemplo usar a mesma roupa. Varia conforme o Campeonato e o momento do Botafogo. Na Libertadores em 2017, sentava sempre no mesmo local no estádio. Voltei a sentar lá esse ano no jogo contra o Avaí e voltamos a vencer. Não saio mais dali até o final do ano - contou Henrique.

O próximo teste do "efeito sal grosso" de Henrique será no próximo sábado, às 19h (de Brasília), no Nilton Santos. O Botafogo recebe o Internacional pela 36ª rodada do Brasileirão, com a promessa de casa cheia para enterrar de vez o fantasma do rebaixamento.

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