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Todos por um de novo: São Paulo tenta blindar Edimar da pressão

Lateral-esquerdo vem sendo o jogador que mais sofre com as críticas da torcida em meio ao início de ano nada convincente, mas ganha apoio e promessa de que não sairá do time

1 fev 2018 - 08h02
(atualizado às 08h59)
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Em meio ao pouco convincente início de temporada do São Paulo, Edimar tem sido o principal foco das críticas. Nessa quarta-feira, durante a vitória sobre o Madureira, em Londrina, a torcida vaiou o jogador e pediu a entrada de Reinaldo, como a organizada Independente já tinha feito em protesto recente. Mas elenco e comissão técnica, baseados em estratégia que evitou o rebaixamento no Brasileiro de 2017, tentam blindar o lateral-esquerdo.

Edimar sofre com vaias da torcida, mas ouve promessa de que não sairá do time (Rubens Chiri/saopaulofc.net)
Edimar sofre com vaias da torcida, mas ouve promessa de que não sairá do time (Rubens Chiri/saopaulofc.net)
Foto: Lance!

Os jogadores deixam claro que o primeiro descenso da história do clube no torneio nacional só não ocorreu porque houve uma união dentro do plantel, aliada ao apoio da torcida. Após a partida pela Copa do Brasil, Rodrigo Caio adotou um discurso de repetir a medida, agora como proteção a Edimar, para não expor ninguém individualmente.

- No momento mais difícil do clube, os torcedores estiveram do nosso lado. Mas gente fica triste, porque a cobrança não pode ser em um só jogador, tem de ser coletiva. Entendemos a chateação da torcida, estamos assim também. Não queremos viver 2017 novamente, mas não é fácil. Precisamos ter paciência e trabalhar - indicou o zagueiro.

- A cobrança não tem de ser para um só, isso não pode acontecer. Quando o time joga mal, os 11 jogadores que estão dentro de campo devem ser cobrados. Honramos essa camisa da melhor forma possível. Pelo ano que tivemos em 2017, entendemos a torcida. Sabíamos que 2018 ia ser difícil, que a cobrança seria muito forte - continuou Rodrigo Caio.

Edimar começou 2018 apontado por Raí, diretor executivo de futebol do clube, como um dos reforços para a temporada - estava emprestado pelo Cruzeiro até dezembro e acabou comprado por R$ 400 mil, assinando com o Tricolor até o fim de 2019. Seguiu como titular mesmo com a volta de Reinaldo, elogiado após ser emprestado para Ponte Preta e Chapecoense, ganhar aumento e também ampliar seu vínculo com o São Paulo.

As críticas da torcida foram um dos principais motivos para Reinaldo ser repassado a outras equipes nas duas últimas temporadas. Hoje, curiosamente, seu nome é gritado nas arquibancadas para a vaga de Edimar. Mas a promessa de Dorival Júnior é não ceder à pressão, mantendo o seu lateral-esquerdo como titular na esperança de que ele readquira confiança.

- Não vou tirar um jogador porque o torcedor se manifesta contrário a ele. É muito simples para o treinador entregar o que querem, mas o jogador readquire confiança atuando, e tem de ser dessa maneira. Não vou jogar um garoto desses para o que todos esperam, jamais farei isso. Em um momento adequado, faço alteração. Edimar já teve bons momentos e poderá voltar a ter, desde que tenhamos paciência. Reinaldo e Júnior Tavares brigam por posição e, na hora certa, terão oportunidade - disse o técnico.

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