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Tadeu à parte, faltou brilho individual ao Botafogo em empate que soou como derrota

Equipe de Bruno Lazaroni teve bom primeiro tempo, mas foi se desesperando com o tempo a partir da etapa complementar e saiu de campo com a sensação de decepção

20 out 2020 - 06h31
(atualizado às 06h31)
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Com o apito, suspiros de cansaço e cabeças abaixadas. O Botafogo correu, tentou, mas se desesperou com o passar do tempo. Por mais que Tadeu tenha sido um personagem central, o empate sem gols com o Goiás nesta segunda-feira, na 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Estádio Nilton Santos, passa pela falta de qualidade individual e do "elemento inesperado" ao Alvinegro.

Time do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Time do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Foto: Lance!

Lanterna, o Goiás passou o primeiro tempo praticamente inteiro com os dez jogadores de linha atrás do círculo central. Em bloco baixo, o Esmeraldino pouco ameaçou e, consequentemente, o Botafogo tinha a bola para tentar atacar. Apesar de enfrentar um bloco defensivo de muitos homens, havia uma linha lógica nos ataques alvinegros.

O Botafogo posicionou Caio Alexandre e Keisuke Honda, dois dos meio-campistas, em cada uma dos flancos dos gramado. Desta forma, Rhuan e Bruno Nazário, os pontas, conseguiam cortar por dentro e fazer movimentos em diagonal para aproveitar a perna dominante - saindo do lado esquerdo para finalizar com a perna direita, por exemplo.

O time parou em Tadeu nas poucas oportunidades que conseguiu furar o bloqueio alviverde. Nestas oportunidades, todas criadas a partir de movimentos sem bola e cruzamentos em direção à área - com exceção de uma finalização de Rhuan fora da área.

A equipe de Bruno Lazaroni não tinha um fator desequilibrante. O jogador que tentava sair da marcação encaixada do Goiás com dribles curtos e jogadas em velocidade. O sistema, apesar de organizado no primeiro tempo, foi sucumbido com o passar do tempo.

No segundo tempo, o Botafogo, com organização tática para atacar nos primeiros 45 minutos, deu lugar a uma equipe desesperada, com jogadores fora de posição e jogadas pouco trabalhadas. As substituições de Bruno Lazaroni, vale ressaltar, também não surtiram tanto efeito: Guilherme Santos e Davi Araújo, as primeiras apostas do treinador, pouco fizeram.

É desleal tirar o mérito do sistema defensivo do Goiás e da atuação individual de Tadeu, melhor jogador em campo. O Botafogo, por outro lado, não mostrou consistência com um próprio estilo de jogo durante os 90 minutos e, acima de tudo, não teve um jogador para chamar a responsabilidade quando a situação ficou difícil.

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