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Tá difícil! Especialistas do L! apontam porque brasileiros vêm mal recentemente em Mundiais

Blogueiros apontam agressividade maior de times da Europa no mercado da bola e respeito excessivo de brasileiros como cruciais para apenas Corinthians ter furado bloqueio nos últimos dez anos

18 dez 2017 - 17h09
(atualizado às 17h09)
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A postura do Grêmio na derrota por 1 a 0 para o Real Madrid ajudou a acentuar o contraste entre brasileiros e europeus em duelos diretos. Na partida, que deu o título do Mundial de Clubes aos merengues, os gremistas procuraram se defender e não deram um chute a gol.

O Barça deu aula no Santos, e o Grêmio perdeu para o Real em 2017. Só o Timão foi campeão entre brasileiros desde 2007
O Barça deu aula no Santos, e o Grêmio perdeu para o Real em 2017. Só o Timão foi campeão entre brasileiros desde 2007
Foto: Corinthians x Grêmio x Santos / Lance!

Nos últimos dez anos, o Corinthians foi o único brasileiro que superou um europeu na final do Mundial, ao bater o Chelsea por 1 a 0. Blogueiro do LANCE!, Fabio Chiorino vê as potências europeias cada vez mais fortes em relação aos brasileiros:

- O abismo existe à medida que já há uma grande diferença entre os próprios grandes clubes da Europa. Hoje, times como Real, Barcelona, Bayern de Munique e agora City e PSG dominam as principais competições, já que são cada vez mais agressivos no mercado de transferências. Desta forma, a comparação com os times brasileiros, com poucas exceções de elencos mais competitivos, é risível.

Chiorino disse que o embate entre merengues e gremistas tornou ainda mais evidente o "abismo" econômico:

- Enquanto um Real Madrid tem dois jogadores muito bons por posição, o Grêmio, por exemplo, não conseguiu suprir a ausência de Arthur, o grande destaque do ano e um dos melhores jogadores da Libertadores. O modelo atual do Mundial torna a conquista do clube europeu quase uma formalidade.

O blogueiro vê as chances de equipes brasileiras levarem a melhor no Mundial cada vez mais irrisórias:

- Para um time brasileiro vencer, é necessário que o adversário venha completamente cansado ou desinteressado pelo jogo, o que se tornou mais difícil de acontecer uma vez que os clubes europeus disputam o Mundial no meio da temporada, totalmente focados com a fase mata-mata da Champions League, e suas próprias ligas. O Grêmio poderia ter arriscado mais, mas, de qualquer forma, o nível técnico exposto entre os dois times é a consequência natural deste abismo financeiro.

O blogueiro João Carlos Assumpção disse que, além da diferença financeira, há um respeito acentuado equipes brasileiros:

- Claro que os times europeus, repletos de euros, são mais fortes que os brasileiros. Pesa a diferença econômica. Mas as equipes brasileiras poderiam jogar mais bola e respeitar menos os adversários do Velho Continente. Como fez o Corinthians, por exemplo. Ou o Inter, na década passada, contra o Barcelona. É possível sim.

Além do Tricolor gaúcho, Assumpção citou a derrota por 4 a 0 que o Santos sofreu para o Barcelona, na final da edição de 2011:

- O Santos deu vexame porque entrou apavorado contra o Barcelona de Messi & Cia. O Grêmio teve chance de ir à frente o jogo todo. O emocional certamente pesou. Houve um excesso de respeito.

Colunista do LANCE!, Eduardo Tironi apontou que a qualidade técnica é evidente:

- Há um abismo técnico porque os gigantes europeus são verdadeiras seleções mundiais, e até mais fortes do que seleções mundiais.

No entanto, a evolução de jogo é ressaltada:

- Há um desnível do jogo. O jogo dos europeus é mais sofisticado que o jogo praticado aqui. Claro que ter os melhores facilita, mas não determina.

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