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Só 574 minutos em dois anos: Miguel briga por espaço no Fluminense antes de entrar em reta final de contrato

Jovem tem vínculo até junho do ano que vem, mas a partir de janeiro passa a poder assinar um pré-contrato com qualquer outra equipe, saindo de graça

4 mar 2021 - 06h03
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Com pouco tempo entre o fim de uma temporada e o início de outra, o Fluminense terá nas primeiras rodadas do Campeonato Carioca a oportunidade de analisar ainda melhor o elenco que terá à disposição para 2021. Um dos jogadores que busca não só recuperar como, de fato, ganhar seu espaço é o jovem Miguel. Aos 17 anos, ele subiu para o profissional no segundo semestre de 2019, se destacou no Estadual de 2020, mas não se firmou. Agora como titular, terá a chance de garantir a vaga.

Miguel, em partida contra o Atlético-GO pela Copa do Brasil, no Maracanã (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)
Miguel, em partida contra o Atlético-GO pela Copa do Brasil, no Maracanã (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)
Foto: Lance!

O meia será o responsável pela criação de jogadas da equipe que mistura integrantes do Sub-23 com outros que já estavam integrados ao profissional, mas atuaram pouco. Neste primeiro jogo, contra o Resende, nesta quinta-feira, às 21h, no Maracanã, pela estreia do Estadual com transmissão em tempo real do LANCE!, Miguel não terá a sombra de Paulo Henrique Ganso, que, em termos de comparação, somou 894 minutos só na última temporada, mesmo ficando no banco ou fora de praticamente metade das partidas realizadas, contra 574 minutos do jovem em dois anos (números sem os acréscimos).

Miguel é um dos garotos formados na base mais queridos pelos torcedores, que constantemente questionaram sua ausência na última temporada. Entretanto, mais até do que o desenvolvimento do atleta em campo, preocupa na situação do meia também a parte contratual. Considerado uma das grandes joias do Flu enquanto estava na base, o jogador tem vínculo apenas até o dia 3 de junho de 2022. Ou seja, a partir de janeiro, caso não renove, poderá assinar um pré-contrato com qualquer outro clube, saindo de graça, como aconteceu com Marcos Paulo.

O meio-campista completa 18 anos no próximo dia 26, mas ainda não explodiu. Ele viu ao longo do último ano sua geração fazer história no Sub-17. Apesar de poder jogar em três categorias diferentes, foi um entendimento interno de que era melhor permanecer no profissional, mesmo que fora da relação em alguns momentos. Ele é agenciado pela TFM, mesma empresa que cuida de Marcos Paulo.

Perguntado sobre a situação do jogador em uma entrevista coletiva no último sábado, o presidente Mário Bittencourt pontuou que o jovem não passou pelo mesmo processo de amadurecimento que outros jogadores recém-promovidos, como Martinelli, e que acabaram dando certo. O dirigente garantiu que não há cláusula no contrato que obrigue o meia a permanecer no profissional.

- Ele vai fazer 18 anos e vem sendo aproveitado. Faz parte do elenco profissional desde que eu cheguei. É um menino, como tantos outros que sobem, alguns até mais velhos. O jogador treina com o elenco, é relacionado, entra em alguns jogos. Ele faz parte do time que está treinando para o Carioca. Não há nenhuma questão que o obrigue a algo, o que acontece é que, na época em que ele subiu, havia uma filosofia de trabalho da gestão anterior, que não é a que acreditamos. Achamos que alguns sobem com idade precoce, não necessariamente maduros, por isso o Sub-23. Depois que o jogador sobe para o profissional, fica complicado descer para treinar e vir. O Aspirantes é justamente esse elo para o menino que sobe, não performa, e acaba jogando com eles. O caso do Martinelli é perfeito, que ficou oscilando, jogou no Sub-23 e hoje está no profissional. O que falta ao Miguel é minutagem e ele terá no Carioca. É um grande atleta, acreditamos nele - disse Mário.

É do interesse do Fluminense ampliar o atual vínculo e ver a joia, enfim, ser lapidada para dar os frutos ao time profissional. Caberá a Miguel aproveitar as oportunidades com o técnico Alton Ferraz para, quem sabe, se firmar e dar dor de cabeça a Roger Machado no restante de 2021.

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