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São Paulo muda peças e estratégia, mas se enrosca no Bahia de novo

Técnico troca alguns jogadores por questões físicas, faz a equipe buscar mais o ataque pelas laterais e até vê alguns momentos positivos, mas perde jogo de ida em casa

22 mai 2019 - 23h55
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Três dias depois de esbarrar na organização defensiva do Bahia e empatar por 0 a 0 pelo Brasileirão, no Morumbi, o São Paulo foi a campo com peças e estratégia diferentes diante do mesmo aniversário e obteve resultado ainda pior: derrota por 1 a 0 no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, novamente em casa. A missão da quarta que vem, na Fonte Nova, será dura.

Pato teve as melhores chances do São Paulo nesta quarta - FOTO: EDUARDO CARMIM/PHOTO PREMIUM
Pato teve as melhores chances do São Paulo nesta quarta - FOTO: EDUARDO CARMIM/PHOTO PREMIUM
Foto: Lance!

Cuca fez quatro modificações na equipe titular em relação ao encontro de domingo, todas por questões físicas: rejuvenesceu as duas laterais (Igor Vinícius e Léo nas vagas de Hudson e Reinaldo) e o meio de campo (Igor Gomes na vaga de Hernanes) e escalou Everton no ataque para dar descanso a Antony - não seria melhor ter feito isso no domingo?

Contra um Bahia que manteve a estratégia e apostou no congestionamento de jogadores à frente da grande área, com saída rápida no contragolpe, o São Paulo teve algumas mudanças importantes, não necessariamente proveitosas:

1) Com laterais mais agudos, buscou muito mais os lados do campo do que no último domingo.

2) Sem um homem de referência em que possa confiar, Cuca deixou o comando do ataque "vazio". Na verdade, liberou Pato, Everton e Toró para se movimentarem pela frente e, esporadicamente, ocuparem aquele setor para a conclusão das jogadas.

Até houve alguns lances de perigo, mas, assim como no domingo de manhã, a impressão que dava era de que o Bahia estava mais perto de encontrar um gol em um contra-ataque do que o São Paulo em sua insistente troca de passes - que perdeu profundidade no segundo tempo, o que evidenciou a noite sem inspiração de Igor Gomes, que passou a participar mais e a errar mais.

E o gol baiano saiu, com Elber, aos 27 minutos do segundo tempo, quando Cuca havia acabado de trocar Igor Gomes por Nenê na tentativa de fazer o time voltar ao jogo. Antony havia entrado na vaga de Everton um pouco antes. Na busca quase desesperada pelo empate que tornaria a missão em Salvador menos ingrata, o técnico ainda tirou Luan e colocou Vitor Bueno.

O São Paulo voltou a ganhar profundidade, principalmente com Antony, e também conseguiu furar a retranca pelo meio, com um passe inteligente de Nenê (que entrou bem) após jogada iniciada pelo participativo Tchê Tchê. Pato teve chances em situações desses dois tipos, mas mandou a primeira na trave e parou em Douglas na segunda. Em suma, o time fez muito pouco para quem deveria considerar essa competição a menina dos olhos do segundo semestre. E depois do início animador no Brasileirão, parece ter perdido o conjunto que começava a dar as caras. Trabalho para Cuca.

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