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Santos tem 3º pior início nos pontos corridos e iguala recorde de derrotas

Apenas em 2012 e 2008 Peixe teve aproveitamento pior após seis jogos disputados; curiosamente, no ano em que perdeu tantas vezes acabou campeão (2004)

29 mai 2018 - 16h39
(atualizado às 16h48)
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Na próxima quinta-feira, o Santos entrará na zona de rebaixamento do Brasileirão se perder para o Atlético-PR, na Arena da Baixada. O time está apenas uma posição acima do Z4 por ter um triunfo a mais que o próprio Furacão (ambos têm seis pontos). Algum alento pode ser encontrado no fato de ter um jogo a menos que 18 times - a partida contra o Vasco, da terceira rodada, foi adiada para depois da Copa do Mundo. O fato é que o baixo aproveitamento de 33,3% dos pontos disputados até o momento coloca a equipe dirigida por Jair Ventura em posição nada venturosa na história do clube nos pontos corridos. Apenas em 2008, quando brigou até quase o último instante contra a degola, e em 2012, o desempenho a essa altura foi pior. Em 2004 e 2015, a trajetória começou com o mesmo desenho. As quatro derrotas sofridas em seis partidas de 2018 igualam o recorde no quesito. Os supersticiosos, porém, podem até tomar isso como um bom sinal. A outra vez em que o Santos perdeu tantas vezes nesse estágio foi em 2004, única edição em que conquistou o título na era inaugurada um ano antes. Mas, nesse pormenor, há duas ressalvas a fazer. A edição de 14 anos atrás contava com 24 equipes, quatro a mais que atualmente, o que significou oito rodadas adicionais. E, para não reter-se tão somente aos números, a qualidade da equipe de então era superior, algo inequívoco. O time-base contava com três campeões de dois anos antes - Léo, Elano e Robinho - acompanhados por Ricardinho e Deivid, dupla que vinha de importantes títulos com a camisa do arquirrival Corinthians. Ademais, o Peixe era treinado por Vanderlei Luxemburgo no seu auge. Não à toa, ao fim daquela campanha o treinador iria assumir o Real Madrid.

Em 2008, o pior aproveitamento após seis rodadas não teve muito alívio. A equipe chegou à 35ª rodada apenas três pontos acima da zona do descenso. Um triunfo contra o Inter, na Vila, acabou sendo determinante para o clube escapar do inédito rebaixamento. Entre os santistas, a partida ficou famosa pelo gol da vitória, em um chute torto do equatoriano Quiñonez, que desviou na zaga.

O outro começo pior que o atual deu-se em 2012 - única vez em que o time passou os seis primeiros jogos sem um triunfo sequer. Porém, havia Neymar. Com o atacante. o time não chegou a sofrer, ficando quase sempre na zona intermediária da tabela. Na realidade, a campanha na ocasião ficou marcada por uma 'bipolaridade' da equipe, que teve aproveitamento de primeiros colocados com o jogador e de rabeira sem ele. Isso explica-se pelo fato de o time ter sido privado excessivamente do seu craque, em quase metade da campanha, especialmente por sua participação na Olimpíada de Londres - o Brasileirão não foi paralisado no período. A colocação final foi a oitava.

O melhor aproveitamento desde 2003 foi na quarta edição, quando venceu quatro e perdeu apenas um jogo nas seis primeiras rodadas. A equipe de 2006 , encerrou um jejum de 22 anos sem o título paulista e foi quarta colocada do Brasileirão.

O PEIXE APÓS SEIS JOGOS NOS PONTOS CORRIDOS

2003:

11 pontos (3v, 2E, 1d - 61,1% de aproveitamento)

Foi vice-campeão

2004 - 6 pontos (2v, 0e, 4d) - 33,3% de aproveitamento

Foi campeão

2005 - 12 pontos (4v 0e e 2d) - 66,7% de aproveitamento

Foi décimo colocado

2006 - 13 pontos (4v, 1d, 1e) - 72,2%

Foi quarto colocado

2007 - 7 pontos (2v, 1e, 3d) - 38,9%

Foi vice-campeão

2008 - 5 pontos (1v, 2e, 3d) -27,8%

Foi 15º colocado

2009 - 9 pontos (2v, 3e, 1d) - 50%

Foi 12º colocado

2010 - 9 pontos (2v, 3e, 1d) - 50%

Foi oitavo colocado

2011 - 9 pontos (2v, 3e, 1d) - 50%

Foi décimo colocado

2012 - 4 pontos (0v, 4e, 2d) - 22,2%

Foi oitavo colocado

2013 - 8 pontos (2v, 2e, 2d) - 44,4%

Foi sétimo colocado

2014 - 7 pontos (1v, 4e, 1d) - 38,9%

Foi nono colocado

2015 - 6 pontos (1v, 3e, 2d) - 33,3%

Foi sétimo colocado

2016 - 7 pontos (2v, 1e, 3d) - 38,9%

Foi vice-campeão

2017 - 7 pontos (2v, 1e, 3d) - 38,9%

Foi terceiro colocado

2018 - 6 pontos (2v, 0e, 4d) - 33,3%

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