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Santos precisa acordar e culpa de crise passa pelos três pilares do clube

Time está no Z4 do Brasileirão e não vence há cinco jogos na temporada, resultado de problemas em todas as frentes internas de trabalho: diretoria, comissão técnica e elenco

1 jun 2018 - 06h03
(atualizado às 08h09)
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O Santos não vence há cinco jogos (contando Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores), o técnico Jair Ventura está pressionado no cargo, os atacantes vivem um jejum de gols, o meio-campo é pouco criativo, a defesa não é mais intransponível e a diretoria tem sido questionada. A crise no Peixe não é à toa e passa por problemas em cada uma das frentes de trabalho do clube. Apontar um único culpado é muito pouco. Na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o time precisa acordar para não perder o ano.

Na Arena da Baixada, Santos foi derrotado pelo Atlético-PR por 2 a 0 e segue sem vencer fora de casa no Brasileirão
Na Arena da Baixada, Santos foi derrotado pelo Atlético-PR por 2 a 0 e segue sem vencer fora de casa no Brasileirão
Foto: Geraldo Bubniak/AGB / Lance!

Elenco: apatia e descompactação

No jogo da última quinta-feira, o Santos mostrou mais uma vez extrema dificuldade para incomodar o adversário. Com a bola nos pés, o time parecia não saber o que fazer: buraco no meio-campo, falta de criatividade e articulação no setor, poucos passes em profundidade e, principalmente, falta de compactação. Com os jogadores muito distantes uns dos outros, as jogadas tornaram-se inofensivas diante de linhas de defesa muito bem armadas pelo Atlético-PR. Uma constante nos últimos jogos.

A defesa, se antes era unanimidade, agora apresenta problemas. No jogo, Vanderlei espalmou chute que parece ter tentado agarrar e, no rebote, sofreu o segundo gol, marcado por Guilherme. Antes, Lucas Veríssimo já havia se confundido na marcação e deixado Thiago Heleno livre para marcar de cabeça. Em outro lance, Nikão mandou um voleio de dentro da área, também livre, em vacilos de Dodô e David Braz.

Quando vazado, o Santos parece não apresentar poder de reação. Se já está difícil marcar com o placar zerado, quando sai em desvantagem a equipe parece ter suas forças minadas. Apático, o time é inofensivo para os rivais.

Jair: falta organização e padrão de jogo

A inofensividade passa também pelo trabalho do técnico. Em determinados momentos, o Santos apresenta uma enorme desorganização nos setores. Setores estes que parecem desconectados uns dos outros. Não há um padrão de jogo claro e eficaz. Além disso, alguns fundamentos, como os cruzamentos, não vêm dando resultado. Muitos erros, pouco repertório para surpreender.

A bola parada tem sido uma das grandes vilãs na má fase do Santos. Nos últimos jogos, o time sofreu com bolas alçadas na área. Contra o Atlético-PR, os dois gols saíram de jogadas de bola parada. O time parece não estar preparado para se defender em tais lances.

Diretoria: reforços demoram, "guerra fria" não ajuda

Há no elenco uma lacuna evidente: falta um articulador para o meio-campo. A demora em contratá-lo, é claro, causa prejuízo ao trabalho de Jair, principalmente pelo fato de que a contratação de um armador vem sendo falada pelo presidente José Carlos Peres há meses. Outro homem para o setor e um centroavante também são carências a serem supridas no elenco.

Uma dificuldade de harmonia e consenso de ideias entre o presidente e seu vice, Orlando Rollo, em nada contribuem para a melhora do time como um todo. Há, no ambiente que cerca o Santos, uma forte pressão sobre o trabalho da atual gestão. Críticas de pessoas ligadas à direção sobre o trabalho de Jair também não favorecem ou fazem aumentar o nível de confiança.

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