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Rogério Lourenço lamenta momento do Cruzeiro e projeta voltar ao Brasil após passagem pela Arábia Saudita

O ex-zagueiro celeste dos anos 1990 falou ao L! da carreira e da passagem por Minas

23 nov 2020 - 15h49
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A fase mais complicada da história do Cruzeiro tem sido notícia diariamente no mundo do futebol, pois um dos gigantes do futebol brasileiro vem sofrendo dentro e fora de campo devido a más gestões que culminaram no rebaixamento da Raposa, além de um rombo financeiro sem precedentes.

Rogério está no futebol árabe, mas deseja voltar a comandar um clube brasileiro- (Foto: Reprodução)
Rogério está no futebol árabe, mas deseja voltar a comandar um clube brasileiro- (Foto: Reprodução)
Foto: Lance!

Personagens do Mundo da Bola, que tiveram ligação com o Cruzeiro tem visto com incredulidade, mas pela grandeza da agremiação, veem um horizonte de recuperação do time celeste.

É o caso de Rogério Lourenço, que foi zagueiro cruzeirense nos anos 90, sendo um das contratações mais badaladas do clube na época, saindo do Flamengo para atuar no time mineiro.

Rogério conversou com o L! sobre sua passagem por Minas, planos de carreira e a vida como treinador. Ele já dirigiu seleções de base e hoje trabalha no futebol árabe.

1-Você já esteve no Cruzeiro, que sempre esteve entre os grande do Brasil. Como é ver esta fase do clube, com queda para a segunda divisão, crise fora de campo, dívidas quase bilionárias?

É muito triste ver o Cruzeiro neste momento em que se encontra, passando por essas dificuldades. Os gestores que passaram pelo clube nos últimos anos o levaram a essa situação. Mas a grandeza do clube e um trabalho sério irão colocar o Cruzeiro de volta na primeira divisão.

2- Como avalia sua passagem pelo clube? Porque não houve uma sequência mais prolongada?

Eu acredito que tenha tido uma boa passagem. Os meus problemas no Cruzeiro foram em ter saído da equipe em momentos importantes. Eu pedi para sair. Em 95, iz um bom Brasileiro, mas ao fim daquele ano acabei pedindo para ir para o Vasco. Voltei em 97, bem recebido por sinal, mas depois recebi uma boa proposta do Guarani e resolvi ir de novo. Meus erros no Cruzeiro não foram dentro de campo. E sim nas saídas.Hoje eu teria ficado e feito uma carreira para ter sido ídolo do clube.

3- Como foi lidar com a pressão de ser o zagueiro de 1 milhão de dólares, algo muito acima da média para a época? E, o trabalho para jovens lidarem com as cobranças nas grandes equipes? Como deve ser feito?

Na verdade, fui o zagueiro mais caro na ocasião. Tinha feito um Brasileiro de 93 muito bom. Estava com 23 anos, capitão do Flamengo. Fui convocado para a Seleção Havia o interesse do São Paulo, mas o Cruzeiro fez uma oferta melhor, pois tinha dinheiro em caixa após a venda do Ronaldo Fenômeno. Eu preferi ir para o Cruzeiro. Lidei bem na época com essa cobrança. E, vejo assim: os clubes têm de preparar bem os jovens para suportar a pressão que é jogar no time de cima, desde as categorias de base.

4-Como foi a sua transição da vida de atleta para a de técnico?

No momento em que mudei de atleta para treinador foi engraçado. Eu tinha 34 anos e havia sido convidado pelo Toninho Barroso para jogar a segunda divisão do Rio pelo Nova Iguaçu. Já tinha falado com ele do meu desejo de ser treinador. Estava sentindo problemas com lesões e no joelho. Então, um dia eu cheguei para o treino com roupa de comissão técnica e virei auxiliar dele. Colocar em prática o que você aprendeu na carreira é difícil no início como técnico, pois tudo que você sabe fica meio embaralhado e precisa de foco e estudos.

5- E como é percebe esse grande volume de técnicos estrangeiros no Brasil?

É normal, pois vivemos em um mundo globalizado, sem fronteiras. O trabalho do Jorge Jesus foi um divisor de águas para os treinadores. Ele conseguiu fazer um time jogar bem e ainda conquistar títulos. É algo que todo treinador sonha em fazer. Mas, virou uma moda essa vinda dos estrangeiro Todavia, eu analiso pela capacidade. Se pudermos aprender com eles, e bom. Mas, eles também podem aprender com a gente. É sempre uma troca e creio que os brasileiros podem trabalhar em outros mercados.

6- Quais os planos para a carreira no momento?

Meu projeto neste momento é trabalhar no Brasil. Tive duas temporadas na Arábia Saudita. Foi uma experiência muito boa, mas quero retornar. A última equipe nacional foi o Tombense, no Campeonato Mineiro. Assim, quero galgar novos degraus para voltar às grandes equipes.

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