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Rivais com jogos a menos, campanha quase igual à do turno e chances de Liberta: a situação do Fluminense

Tricolor precisa manter regularidade pela primeira vez com Marcão para sonhar com o retorno à competição continental neste ano. Defesa dobra número de gols sofridos

23 jan 2021 - 07h04
(atualizado às 10h49)
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O sonho da vaga na Libertadores depois de oito anos fora continua vivo para o Fluminense. A derrota do Santos deu um alívio ao Tricolor, que poderia ter perdido a sétima posição, mas ainda tem um jogo a mais do que o Peixe e o Corinthians, que assumiu a oitava colocação. Ao fim da 31ª rodada, o time comandado por Marcão soma 47 pontos e 19,8% de chances de terminar o Campeonato Brasileiro dentro do G6. Caso a conta aumente para G7, a probabilidade é de 40,5%, enquanto de G8 fica em 67,9%. Os dados são do portal "Chance de Gol".

Fluminense empatou com o Coritiba na última rodada, fora de casa (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)
Fluminense empatou com o Coritiba na última rodada, fora de casa (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)
Foto: Lance!

As projeções do site "Infobola", do matemático Tristão Garcia, colocam o Fluminense com 3% chances de G4 atualmente. A pontuação mínima estipulada para garantir a vaga na competição continental é de 61 pontos. As seis vagas atuais só podem aumentar depois da final da Libertadores (30/01) e da Copa do Brasil (11/02 e 17/02). Na primeira, o Palmeiras duela com o Santos, enquanto na segunda o Alviverde encara o Grêmio. Caso os vencedores estejam no atual G6, as equipes em sétimo e oitavo lugares serão beneficiadas.

Para manter as chances altas, o Fluminense precisará aproveitar os últimos sete jogos da competição sem desperdiçar pontos, como aconteceu contra o Coritiba. Daqui para frente, o Tricolor encara o Botafogo, lanterna, Goiás e Bahia, todos brigando contra o rebaixamento. Depois, já tem adversários mais diretos, como Atlético-MG, Ceará e Santos. Por fim, fecha a competição contra o Fortaleza. Pensando na pontuação de 61 pontos para ficar tranquilo, o Flu precisaria de cinco vitórias nos sete jogos restantes. Ou, por exemplo, quatro vitórias e três empates.

O Fluminense é o sétimo colocado do Campeonato Brasileiro, com 47 pontos. O Corinthians, em oitavo, tem 45, assim como o Santos, em nono, ambos com um jogo a menos. O Grêmio, sexto, e o Palmeiras, quinto, tem 51 pontos, mas fizeram também 30 partidas contra 31 do Tricolor. Por isso, podem se distanciar ainda. Na próxima rodada, o Flu encara o Botafogo em São Januário (o Maracanã está entregue à Conmebol para a final da Libertadores). A partida é às 20h30.

A campanha tem sido irregular até o momento, especialmente depois da troca de Odair Hellmann por Marcão no comando. Entretanto, a boa notícia para o torcedor é que, em caso de vitória, o Flu já vai igualar a campanha das primeiras 13 rodadas do primeiro turno do Brasileirão. Foi na partida contra o Coritiba, inclusive, que o Tricolor iniciou uma sequência de oito jogos sem derrota anteriormente. O duelo com o Coxa terminou empatado, mas foi o segundo consecutivo sem perder.

- Sabemos que o Campeonato Brasileiro é muito importante e difícil. Estamos trabalhando muito para que possamos manter uma regularidade dentro do campeonato. No 1º turno, a gente teve uma regularidade boa nesses últimos oito jogos, e a gente está visando o mesmo para que possamos terminar muito fortes, buscando a vaga (na Libertadores). Se a gente repetir o feito do 1º turno, vamos estar dentro dessa Libertadores. Estamos trabalhando para isso e que possa dar tudo certo na nossa caminhada - analisou o volante Martinelli.

DEFESA DESESTABILIZADA

O setor defensivo era considerado um dos pontos fortes do Fluminense de Odair Hellmann. Tanto pela disputa em alto nível entre os zagueiros quanto pela proteção dos volantes. Assim, nas 24 rodadas do treinador no Brasileirão foram 26 gols sofridos, uma média de 1,08 por jogo. Somando todas as competições, a média foi ainda menor, 0,94. Já nas sete partidas com Marcão (ou Ailton Ferraz, seu auxiliar), a equipe foi vazada em 14 oportunidades, ampliando essa média para 2 gols por partida.

- Sempre depois que acaba o jogo, os analistas, a comissão senta com a gente, conversa, vê nossos erros. É muito difícil que não tenha sempre um detalhe para corrigir dentro do jogo. A gente estuda, tenta melhorar esses erros, compactar as linhas, ser um pouco mais agressivo para não repetir os mesmos erros no próximo jogo. Que a gente possa melhorar e corrigir esses detalhes - afirmou Martinelli.

Os problemas são claros e, não à toa, as principais mudanças realizadas por Marcão foram relacionadas ao setor defensivo. Luccas Claro e Matheus Ferraz estão formando a dupla de zaga titular, mas Nino já esteve neste posto. Yuri e Hudson acabaram sacados por Martinelli, Yago Felipe (que se manteve) e Michel Araújo mais por dentro. Contra o Coritiba, ainda houve outra alteração: a presença do lateral-esquerdo Egídio.

O treinador explicou após a partida que a troca, tirando Danilo Barcelos, foi por questões físicas. Entretanto, o lado esquerdo é o setor que o Fluminense mais tem sofrido nas últimas partidas. Portanto, deve ser reforçado.

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